quarta-feira, 9 de março de 2011

BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China)

O Brasil, a Rússia, a Índia e a China são considerados os quarto países mais emergentes do mundo. Para fazer referencia a esses países, o banco de investimentos Goldman Sachs criou o termo BRIC, um acrônimo, ou seja, uma palavra formada pelas primeiras letras dos nomes dos países, que deve ser pronunciado como uma sílaba, não letra por letra. Importante ressaltar que não se trata de um bloco econômico, embora esses países tenham assinado, em 2002, uma série de acordos comerciais e de cooperação, com o objetivo de promover o crescimento de suas economias.

O motivo que levou o banco de investimento a buscar um termo que fizesse referencia a esse grupo de países é o seguinte: projeções indicam que, daqui a 40 anos, caso continuem apresentando os desempenhos atuais, as economias desses quatro países somadas, superarão as economias das potencias atuais, que são: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália. Juntas, as populações dos países do BRIC corresponderão a 40% da população mundial.
O Brasil, em relação aos demais países do BRIC, é o que tem apresentado menor crescimento, no entanto, é o que apresenta a maior variedade de recursos naturais (destaque para a água) e grande área de terras com clima apropriado para a agricultura. Outra diferença é o fato do Brasil não ser uma potencia militar como os demais.
Dentre as características em comum, destacam-se:
• Reservas consideraveis de recursos minerais
• Estabilidade política
• Mão de obra abundante
• Recebimento de investimentos privados estrangeiros
• Rápido processo de inclusão digital
• Economia estabilizada (ainda que recentemente)
• Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
• Melhoramentos em infra-estrutura
Caso as projeções se confirmem, o cenário mundial em termos de fornecimento ficará mais ou menos assim: Brasil – alimentos, combustíveis renováveis (álcool, biodiesel), petróleo (pré-sal); Rússia – gás natural e petróleo; Índia – mão de obra (qualificação tem recebido investimentos); China – tecnologia.

FMI e a Dívida Externa Brasileira

Fundo Monetário Internacional (FMI) surgiu na Conferência de Bretton Woods  nos EUA com o intuito de garantir estabilidade ao comércio internacional através de apoio técnico (treinamento, capacitação), e ajuda financeira aos seus países membros (181 atualmente), além de favorecer a cooperação entre os mesmos.

Criado em 1945 juntamente com o BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Mundial), o FMI é um fundo que conta com os investimentos dos países membros que são representados pela Assembléia de Governadores composta por um representante titular e um alterno de cada país.
Entretanto o voto é bastante concentrado, apenas 5 países desenvolvidos detêm 39% dos votos, sendo que os EUA possuem poder de veto sobre qualquer decisão de mudanças no estatuto do Fundo visto que para qualquer alteração deve-se ter uma maioria de 85%.
O Brasil, por exemplo, foi um dos membros fundadores do FMI e detém apenas 1,40% dos votos, menos do que a Bélgica com 1,43% que tem uma população muito menor. Todos os países em desenvolvimento juntos somam cerca de 40% do total de votos apenas. Os países da África, por exemplo, possuem poder de decisão quase nulo.
Uma das atividades principais do FMI é o ato de emprestar dinheiro aos países que necessitam de recursos seja para saldar dívidas públicas ou equilibrar a balança comercial.
Praticamente todos os países da América Latina possuem alguma dívida com o FMI que vão sendo roladas através de negociações e pagamento dos juros, para o que, na maioria das vezes, empresta-se mais dinheiro para saldar os juros da dívida.
Em 2005 a dívida externa brasileira  representava 51,2% do PIB, mas é importante lembrar que nem toda a dívida externa brasileira se refere ao FMI. O Brasil fechou empréstimos com outras entidades como, por exemplo, o Banco Mundial e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Sem contar que existem os títulos da dívida pública que na maior parte encontram-se nas mãos de investidores e empresas privadas.
A história da dívida pública brasileira se iniciou há muitos anos, na época em que o Brasil ainda era colônia portuguesa e realizou empréstimos para “saldar dívidas com Portugal”. Depois disso, foram sendo feitos sucessivos empréstimos com o intuito de sanar a primeira dívida, ou na tentativa de alavancar a economia para que fosse possível salda-la. Mas todas as tentativas redundaram em fracasso, explodindo em 1982 quando se iniciou a pior crise financeira pela qual o país já passou. Durante sete anos a renda per capita brasileira caiu sem parar até 1992 e a inflação chegou a 2.700% em 1993.
Mas o problema com o FMI, começou na verdade, durante o período da Ditadura Militar (1964-19885) quando, em 1973 ocorre a “Crise do Petróleo” que fez com que o Brasil (que já tinha uma dívida externa) se visse obrigado a recorrer ao FMI em 1982, quando já não havia mais outra saída para enfrentar a crise que se abatera sobre a economia.
A partir daí o que se segue são negociações em torno de novos empréstimos e tentativas de ir rolando a dívida. Em 1985 o FMI suspende a ajuda pelo descumprimento de algumas metas e só retoma as negociações em 1988 quando o Brasil fecha mais um acordo, de US$1,4 bilhão dos quais só recebe US$477 milhões. Em 1987 o Brasil havia decretado moratória unilateral e suspendido o pagamento da dívida e só volta a renegociá-la em 1994 regularizando o crédito externo.
Por fim, em dezembro de 2005 o Brasil quita a dívida com o FMI pagando o valor de US$15,5 bilhões que venceriam até o final de 2007 (não confunda com a dívida externa que ainda existe). Com isso, segundo o então Ministro Antônio Palocci, o Brasil irá economizar US$900 milhões em juros.

Petróleo na Camada Pré-Sal

A “camada pré-sal” é uma espécie de bolsão onde ficam acumulados hidrocarbonetos como petróleo e gás metano e que fica localizada logo abaixo da “camada de sal” em regiões de bacias sedimentares que contém grandes estruturas halocinéticas (locais onde há a ascensão de corpos salinos).

Este é o caso da “camada pré-sal” localizada na bacia sedimentar litorânea brasileira, mais precisamente, entre os litorais do Espírito Santo e Santa Catarina em uma extensão de cerca de 800 quilômetros abrangendo a região de três bacias sedimentares: as bacias do Espírito Santo, Campos e Santos.
As bacias sedimentares deste tipo sempre tiveram grande importância para a indústria petrolífera, pois sua existência está quase sempre relacionada com a ocorrência de jazidas petrolíferas (cerca de 60% de todo petróleo produzido no mundoestá em estruturas deste tipo) como as existentes no Golfo Pérsico.
Somente a camada de sal possui uma extensão que pode chegar a 2 km de espessura. A camada pré-sal brasileira fica a mais de 7 mil metros de profundidade e já foram encontrados vários campos e poços de petróleo na região, dentre eles estão os campos batizados de Tupi, com uma estimativa de conter de 5 a 8 bilhões de barris, o Carioca, o campo de Jubarte e o de Júpiter, entre outros.
Se as estimativas da Petrobrás estiverem corretas, em 2016 o Brasil será auto-suficiente em petróleo. Outras estimativas apontam para uma expectativa ainda melhor: 100 milhões de boes (barris equivalentes de petróleo) no total. Se esta estimativa estiver correta o Brasil entraria para o grupo dos dez maiores produtores de petróleo do mundo.

Maiores Países na Internet

Internet  é uma mídia muito utilizada no trabalho profissional, acadêmico e nas relações pessoais. Além de servir de suporte para as empresas existentes, também tem servido como base de surgimento de novas empresas e, considerando o seu grau comunicacional e de oportunidades de negócio, seu uso tem sido crescente em grande parte dos países no mundo.

Geograficamente, sabemos quais são os maiores países em extensão territorial e em índices demográficos, a utilização dessa mídia também indica quais são os países que mais utilizam essa mídia em acesso e troca de dados. Estima-se que, em todo o mundo, há cerca de quase dois bilhões de usuários de Internet e que cerca de 32 países com mais de 10 milhões de pessoas em sua população são detentores da transmissão dessa grande rede.
Dentre os dez países que mais a utilizam, a Índia está em quarto lugar por possuir uma imensa população, pois, naquele país, a penetração da internet é de apenas 6,9 %. Em nível populacional, a China, o país mais populoso do mundo, também é líder em número de usuários, apresentando quase o dobro do número de usuários dos EUA.
Em nível de penetração da Internet, os líderes são:
  • Reino Unido, 82,5 %
  • Coreia do Sul, 81,1 %
  • Alemanha, 79,1%
  • Japão, 78,2 %
  • EUA, 76,3%
Quando falamos em penetração de Internet, nos referimos a parcela de uma determinada população que utiliza essa mídia. No mundo virtual, não somente os gigantes do mundo real dominam o número de acessos, o Japão, por exemplo, que possui uma pequena porção territorial e populacional em comparação à China, tem se mantido na terceira colocação.
Quando o assunto é censura, segundo a OpenNet Initiative, mais de quarenta países impõem barreiras e  censuras no acesso virtual. Dentre os que mais controlam, podemos citar a China, Irã, Vietnã, Siria e Tunísia, países que possuem restrições culturais e religiosas no mundo real e, de alguma forma, sentem a necessidade de desdobrar tais restrições no mundo virtual. Entretanto, outros países considerados mais liberais e democráticos , também tem exercido níveis de restrições, entre eles a Austrália e a Itália.
Lista dos países com mais usuários de internet, dados de 2008:
  1. China                       253.000.000  usuários.
  2. EUA                          220.141.969  usuários
  3. Japão                          94.000.000 usuários
  4. Índia                            60.000.000 usuários
  5. Alemanha                     52.533.914 usuários
  6. Brasil                            50.000.000 usuários
  7. Reino Unido                  41.817.847 usuários
  8. França                           36.153.327 usuários
  9. Coreia do Sul                34.829.000 usuários
  10. Itália                              34.708.144 usuários.

Painel Internacional Governamental de Mudanças Climáticas (IPCC)

Órgão das Nações Unidas, o Painel Internacional Governamental de Mudanças Climáticas (IPCC  em inglês) reúnecientistas do mundo inteiro para discutir e planejar o posicionamento econômico da humanidade perante mudanças climáticas. O IPCC foi criado em 1988, nos anos de 1990, 1995, 2001 e 2007, produziram quatro relatórios respectivamente.

Os estudos agregam pesquisas oriundas de várias universidades do mundo. A partir de 2001, houve um maior acesso às informações climáticas em linguagem gráfica gerada por satélites e medidores de temperatura mais eficazes. Um dos estudos é verificar a composição química de bolhas de ar dos blocos de gelo da Antártida e do Ártico, que revelam o histórico climático de milhões de anos atrás no planeta Terra.
Os estudos utilizam softwares que simulam o clima do planeta em várias épocas. Até 2001, a previsão da elevação do nível do mar era suposta entre 0,9 cm a 88 cm, a partir de informações recentes do satélite AR4, em 2007, a previsão foi atualizada para o patamar entre 18 cm e 59 cm.

Como funciona o IPCC?

O IPCC é formado por um grupo técnico responsável pela coordenação do Painel, na qual é responsável pela composição de três grupos de cientistas. O primeiro grupo é responsável pelas bases científicas das mudanças climáticas; o segundo avalia os impactos das mudanças climáticas sobre o meio ambiente e sobre as pessoas; o terceiro grupo estuda possíveis soluções para diminuir os impactos das mudanças climáticas.
A quarta reunião do IPCC contou com a presença de 2.500 cientistas de 130 países. Os estudos do IPCC têm sido confirmados através de elevadas temperaturas no verão, e nas catástrofes ocorridas em Nova Orleans – EUA e no Caribe.

Organização Mundial de Saúde (OMS)

Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma agência subordinada à ONU, fundada em 7 de abril de 1948, com sede em Genebra, Suíça. Surgiu nas guerras do fim do século XIX, no México. No fim da Primeira Guerra Mundial, surge o embrião da OMS, a SDN em comitê de higiene.

O seu objetivo é desenvolver e melhorar o nível de saúde de todo o ser humano de qualquer parte do planeta, a saúde é “estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou efermidade.”
A proposta de criação da OMS foi de autoria de delegados do Brasil, havendo intensa colaboração entre Brasil e OMS.
No final do ano de 2006, a OMS editou o “Guidance for National Tuberculosis Programes on The Management of Childhood Tuberculosis in Children”, um guia que apresenta o assunto a cerca da tuberculose adquirida na infância. O guia possui dados clínicos, radiológicos e epidemiológicos compatíveis com a tuberculose.
O guia enumera os fatores de risco :
* Contato intradomiciliar;
* Idade inferior a cinco anos,
* Infecção pelo HIV;
* Desnutrição grave;
O guia orienta sobre as possibilidades de diagnóstico da tuberculose infantil:
* Sintomas crônicos;
* Exame físico;
Prova tuberculínica positiva;
* Radiografia de tórax.
O documento ainda apresenta aspectos referentes ao tratamento e prevenção que obedecem as normas da OMS empregados principalmente em países em desenvolvimento e no continente africano. Quando o tratamento especificado é seguido corretamente, o nível de ocorrência de seqüelas é minimizado. Este é um dos exemplos de projetos que a OMS desenvolve no mundo, a entidade também desenvolve estudos sobre combate à AIDS, desnutrição infantil e vírus de alto grau como a gripe do frango, entre outras doenças e condições sanitárias.

Conselho de Segurança da ONU

Conselho de Segurança é um órgão das Nações Unidas que trata de assuntos referentes a segurança mundial. Dentre as condições e capacidades da instituição, o Conselho de Segurança pode intervir militarmente em países que estejam em conflitos bélicos, políticos e sociais, ou sob suspeitas de desrespeito aos direitos humanos e ordem internacional de paz.

O órgão aborda em suas reuniões análises e decisões sobre crises políticas internas e externas em diversos países. Além das intervenções militares, há também as missões de paz da ONU.
Dos 15 membros que compõe a entidade, 5 são permanentes e 10 rotativos com mandato de 2 anos. Os cinco países permanentes são EUA, Reino Unido, Rússia e China.
Toda resolução para ser aprovada tem que receber maioria de nove sobre o voto dos quinze membros. Os 10 membros rotativos são eleitos pela Assembleia Geral das Nações Unidas, sendo o quadros modificado anualmente, respeitando os dois anos de mandato de cada nação de forma intercalada.
Está em discussão propostas de reforma do Conselho, dentre as quais seriam criados seis novos assentos permanentes e mais quatro rotativos. França, Brasil, Alemanha e nações africanas são um dos que defendem a ideia , abarcada em parte pelos EUA e China.

ALCA (Área de Livre Comércio das Américas)

Criado pelos Estados Unidos, a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) foi um acordo proposto aos países latino-americanos com o propósito de eliminar todas as barreiras comerciais e incentivar o livre comércio nas Américas melhorando a importação e a exportação de produtos. São ao todo 34 países (exceto Cuba, que não faz parte do acordo por causa do bloqueio econômico imposto pelos EUA). A ALCA está prevista para ser um grande bloco econômico juntamente com a NAFTA e o Mercosul.

Porém, existem alguns problemas. Alguns países temem a implantação desse acordo e muitos estudiosos acreditam que os EUA, controlariam a economia de toda a América Latina (seria uma espécie de dominação americana).
A ALCA, dizem os especialistas, “Beneficia poucos e prejudica muitos”, consiste em um pacote de propostas contra o povo latino-americano e suas conseqüências são fáceis de serem previstas: dependência econômica, política e tecnológica, invasão territorial e cultural. Isso sem contar o fato de que os países em desenvolvimento precisariam de altos investimentos para entrar em um mercado econômico tão grandioso como a ALCA.
As negociações começaram oficialmente em 1998 no Chile e daí para cá foram realizadas várias reuniões ministeriais a respeito do assunto.
Embora haja muita controvérsia, existem aqueles que acreditam que a formação de blocos econômicos ajudaria muito a economia e o desenvolvimento da infra-estrutura dos países, principalmente na nossa era globalizada.
Aqui no Brasil vários protestos, assembléias e até mesmo um referendo informal foram feitos contra esse acordo.
Quando o Brasil começou a defender seus próprios interesses, as negociações ficaram ameaçadas prejudicando o andamento do processo.

Comunidade dos Estados Independentes (CEI)

Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é uma organização governamental fundada no dia 8 de dezembro de 1991, composta pelas antigas repúblicas soviéticas e, de certa forma, sucessora parcial da antiga União Soviética. Inicialmente esta comunidade estava composta por três membros: Bielorússia, Ucrânia e Rússia. Duas semanas depois de sua criação, outras oito ex-repúblicas soviéticas (Armênia, Azerbaijão, Kasaquistão, Moldávia, Usbequistão, Kirgistão, Tajikistão e Turcomenistão) também foram admitidas como membros fundadores, sujeitas à aprovação dos seus respectivos parlamentos. Estônia, Lituânia e Letônia, anteriormente tinham se tornado independentes e declinaram do convite de integra a CEI. A Geórgia rechaçou a proposta até 1993.

Os membros da CEI atuam como estados independentes. À unidade central, formada de modo semelhante à Comunidade Econômica Européia (atual União Européia), foi conferida uma autoridade limitada, que inclui o estabelecimento de uma esfera econômica comum e a coordenação na política exterior e imigração, a proteção do meio ambiente e a luta contra os delitos. A União Soviética  dissolveu-se formalmente e os estados assumiram a propriedade de suas instalações. Oslíderes  deixaram o controle das armas nucleares de longo alcance sob a tutela do presidente russo Boris Yeltsin e do comandante e chefe das forças armadas da CEI, o marechal Evgeni Shaposhnikov. O presidente ucraniano, Leonid M. Kravchuk, insistiu em conservar o direito de cancelar o lançamento das armas desde o território ucraniano. Os líderes das repúblicas concordaram em aceitar os acordos internacionais da União Soviética, incluindo a política de desarmamento nuclear. A Rússia ficou com uma cadeira no Conselho de Segurança das Nações Unidas que tinha pertencido à União Soviética. Os EUA reconheceram a independência das repúblicas e todas elas se tornaram membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
Desde sua fundação, a CEI tem se caracterizado pelas disputas entre os estados membros e o não cumprimento dos acordos escritos. Segundo os primeiros acordos, as repúblicas tinham o direito de possuir suas próprias forças armadas ou unidades de guarda nacional. As repúblicas adotavam o rublo russo como unidade monetária comum e concordavam em relação aos direitos humanos, na necessidade de preservar as culturas das diferentes etnias minoritárias e a cooperação e coordenação de reformas que ajudassem a estabelecer economias de livre mercado. No entanto, as diferenças étnicas e regionais, contidas durante décadas pela autoridade central, ressurgiram na forma de guerras civis na Geórgia, Moldávia, Tajikistão e na região do norte do Cáucaso da Rússia e como conflito entre a Armênia e o Azerbaijão.

CHE GUEVARA

Ernesto Rafael Guevara de la Serna  nasceu no dia 14 de junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Primogênito entre os cinco filhos de Ernesto Lynch e Célia de la Serna y Llosa, teve sua formação ministrada principalmente pela mãe, figura forte em seu desenvolvimento político, pois apesar de ser católica, cultivava um ideal esquerdista em sua família, e mantinha relações com outras mulheres também muito politizadas.

Desde cedo Ernesto sofreu com crises freqüentes de asma, sua bombinha era companheira inseparável. Devido à doença, estudou inicialmente em casa, acompanhado pela figura materna, em meio a obras de Marx, Engels e Lênin. Na adolescência ele já cultivava o hábito da leitura, ao lado de autores como Júlio Verne, Baudelaire e Neruda, entre outros. Aos 12 anos, por causa dos surtos asmáticos, sua família mudou para Córdoba, onde morava próximo a uma favela. Apesar das barreiras sociais vigentes entre as classes mais prósperas na Argentina, Ernestito, como era conhecido, fez muitos amigos entre os favelados. A partir de 1944, a situação financeira da família começa a declinar e Che Guevara vai trabalhar como funcionário público, prosseguindo com os estudos. Ao entrar na Universidade, muda-se com os familiares para Bogotá e segue estudando Medicina, com um interesse especial pela lepra, e trabalhando para ajudar nas despesas de casa. Nessa época ele é dispensado pelo Exército por não possuir os atributos físicos necessários para o serviço militar.
Após a Segunda Guerra Mundial, cresce a oposição a Juan Domingo Perón, e Guevara participa dos protestos. Em 1951, ele inicia ao lado do amigo Alberto Granado e da antiga companheira, a moto chamada por eles de “La Poderosa”, a viagem que irá mudar a sua vida. Ao longo de um tour pela América Latina, não exatamente por pontos turísticos, mas por minas de cobre, aldeias indígenas e leprosários, convivendo com os oprimidos, olhando a realidade de um outro ponto de vista, mais crítico, durante oito meses, Ernesto modifica sua visão política, antes nacionalista, e escreve um diário sobre esta jornada fundamental em sua vida. No Peru ele pôde dar vazão á sua dedicação especial aos leprosos, quando então decide se especializar nesta doença. Indignado com as injustiças sociais que testemunhou, Guevara retorna para a Argentina, conclui o curso de Medicina e passa a se dedicar à política. Em julho de 1953, ele dá início à segunda travessia pela América Latina, passando pela Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala, com seu amigo Ricardo Rojo.
Na Guatemala Guevara conhece sua futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta e o futuro amigo Ñico Lopez. É ele que posteriormente o apresentará a Raúl Castro, no México. Ernesto presencia, na Guatemala, a dominação norte-americana se impor com tanta facilidade, instalando no comando do país um ditador subserviente aos interesses imperialistas, que, inconformado com a passividade da população local, percebe imediatamente o quanto é fundamental combater essa política dominadora.
Através dessas experiências, Guevara tece sua consciência política e opta pelo caminho revolucionário. Em 1954, dá-se o tão esperado encontro entre Ernesto e Raúl Castro, que o apresenta a seu irmão Fidel Castro. Este é, neste momento, olíder do grupo M26, ou Movimento Guerrilheiro 26 de julho, alusão à tomada do Quartel Moncada, em 1953, durante a qual Fidel tentou render o mais conhecido reduto de presos políticos em Santiago. Guevara está entre os 82 seguidores de Fidel que partem ao lado deste para Cuba, em 1956, depois de um célebre debate político entre Castro e Guevara, que se estendeu ao longo de uma noite inteira, e que definiu a participação de Ernesto neste movimento revolucionário que tentaria obter o controle de Cuba. Apenas doze deles resistem à morte em Sierra Maestra, após o desembarque em Cuba, no dia 25 de novembro de 1956. Apesar dos reveses, a vitória sobre a ditadura de Fulgêncio Batista foi completa. Guevara se torna um cidadão cubano em 1959 e transforma-se em um homem poderoso, o segundo na hierarquia. Muitos especialistas acreditam que sua formação marxista-leninista influenciou decisivamente Fidel na opção pelo comunismo soviético e na oposição aos Estados Unidos. Outros crêem que a reação radical dos EUA é que levou ao alinhamento com a URSS.
Embora tendo em Cuba todos os privilégios de um homem no poder, Che desejava levar a toda a América Latina o sonho revolucionário, e queria para isso o apoio cubano. Assim, abandona o governo e segue como guerrilheiro atrás dos seus sonhos. Mas, ao contrário da vitória cubana, ele agora só alcança derrotas – na Argentina, em 1964, quando vários membros de seu grupo são mortos; a outra no Congo Belga, depois chamado de Zaire e hoje conhecido como República Democrática do Congo; e finalmente na Bolívia, quando é morto, em nove de outubro de 1967. Apesar de ter entrado na Bolívia oculto, sem a barba e a boina que tinham se tornado características tradicionais dele, em novembro de 1966, ele não conseguiu escapar de seus algozes. Seu objetivo era criar um campo de treinamento da guerrilha, em um deserto no Sudeste do país. Mas foi preso no dia 08 de outubro, pelo exército boliviano, treinado pelos norte-americanos, e no dia seguinte executado com a autorização do presidente do país, o general René Barrientos, em uma escola da aldeia de La Higuera.
Com dúvidas sobre a identidade do guerrilheiro, seus executores amputaram suas mãos, na tentativa de reconhecer o corpo. Seus restos mortais ficaram por algum tempo ocultos, sendo encontrados em 1997, quando se comemorava os trinta anos de sua partida, enterrados no aeroporto de Vallegrande. As mãos foram misteriosamente contrabandeadas para Cuba. Hoje, Guevara é conhecido mundialmente como um dos mais célebres revolucionários de esquerda e até a revista Time Magazine o considerou uma das cem pessoas mais famosas do século XX.

CHE GUEVARA

Ernesto Rafael Guevara de la Serna  nasceu no dia 14 de junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Primogênito entre os cinco filhos de Ernesto Lynch e Célia de la Serna y Llosa, teve sua formação ministrada principalmente pela mãe, figura forte em seu desenvolvimento político, pois apesar de ser católica, cultivava um ideal esquerdista em sua família, e mantinha relações com outras mulheres também muito politizadas.

Desde cedo Ernesto sofreu com crises freqüentes de asma, sua bombinha era companheira inseparável. Devido à doença, estudou inicialmente em casa, acompanhado pela figura materna, em meio a obras de Marx, Engels e Lênin. Na adolescência ele já cultivava o hábito da leitura, ao lado de autores como Júlio Verne, Baudelaire e Neruda, entre outros. Aos 12 anos, por causa dos surtos asmáticos, sua família mudou para Córdoba, onde morava próximo a uma favela. Apesar das barreiras sociais vigentes entre as classes mais prósperas na Argentina, Ernestito, como era conhecido, fez muitos amigos entre os favelados. A partir de 1944, a situação financeira da família começa a declinar e Che Guevara vai trabalhar como funcionário público, prosseguindo com os estudos. Ao entrar na Universidade, muda-se com os familiares para Bogotá e segue estudando Medicina, com um interesse especial pela lepra, e trabalhando para ajudar nas despesas de casa. Nessa época ele é dispensado pelo Exército por não possuir os atributos físicos necessários para o serviço militar.
Após a Segunda Guerra Mundial, cresce a oposição a Juan Domingo Perón, e Guevara participa dos protestos. Em 1951, ele inicia ao lado do amigo Alberto Granado e da antiga companheira, a moto chamada por eles de “La Poderosa”, a viagem que irá mudar a sua vida. Ao longo de um tour pela América Latina, não exatamente por pontos turísticos, mas por minas de cobre, aldeias indígenas e leprosários, convivendo com os oprimidos, olhando a realidade de um outro ponto de vista, mais crítico, durante oito meses, Ernesto modifica sua visão política, antes nacionalista, e escreve um diário sobre esta jornada fundamental em sua vida. No Peru ele pôde dar vazão á sua dedicação especial aos leprosos, quando então decide se especializar nesta doença. Indignado com as injustiças sociais que testemunhou, Guevara retorna para a Argentina, conclui o curso de Medicina e passa a se dedicar à política. Em julho de 1953, ele dá início à segunda travessia pela América Latina, passando pela Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala, com seu amigo Ricardo Rojo.
Na Guatemala Guevara conhece sua futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta e o futuro amigo Ñico Lopez. É ele que posteriormente o apresentará a Raúl Castro, no México. Ernesto presencia, na Guatemala, a dominação norte-americana se impor com tanta facilidade, instalando no comando do país um ditador subserviente aos interesses imperialistas, que, inconformado com a passividade da população local, percebe imediatamente o quanto é fundamental combater essa política dominadora.
Através dessas experiências, Guevara tece sua consciência política e opta pelo caminho revolucionário. Em 1954, dá-se o tão esperado encontro entre Ernesto e Raúl Castro, que o apresenta a seu irmão Fidel Castro. Este é, neste momento, olíder do grupo M26, ou Movimento Guerrilheiro 26 de julho, alusão à tomada do Quartel Moncada, em 1953, durante a qual Fidel tentou render o mais conhecido reduto de presos políticos em Santiago. Guevara está entre os 82 seguidores de Fidel que partem ao lado deste para Cuba, em 1956, depois de um célebre debate político entre Castro e Guevara, que se estendeu ao longo de uma noite inteira, e que definiu a participação de Ernesto neste movimento revolucionário que tentaria obter o controle de Cuba. Apenas doze deles resistem à morte em Sierra Maestra, após o desembarque em Cuba, no dia 25 de novembro de 1956. Apesar dos reveses, a vitória sobre a ditadura de Fulgêncio Batista foi completa. Guevara se torna um cidadão cubano em 1959 e transforma-se em um homem poderoso, o segundo na hierarquia. Muitos especialistas acreditam que sua formação marxista-leninista influenciou decisivamente Fidel na opção pelo comunismo soviético e na oposição aos Estados Unidos. Outros crêem que a reação radical dos EUA é que levou ao alinhamento com a URSS.
Embora tendo em Cuba todos os privilégios de um homem no poder, Che desejava levar a toda a América Latina o sonho revolucionário, e queria para isso o apoio cubano. Assim, abandona o governo e segue como guerrilheiro atrás dos seus sonhos. Mas, ao contrário da vitória cubana, ele agora só alcança derrotas – na Argentina, em 1964, quando vários membros de seu grupo são mortos; a outra no Congo Belga, depois chamado de Zaire e hoje conhecido como República Democrática do Congo; e finalmente na Bolívia, quando é morto, em nove de outubro de 1967. Apesar de ter entrado na Bolívia oculto, sem a barba e a boina que tinham se tornado características tradicionais dele, em novembro de 1966, ele não conseguiu escapar de seus algozes. Seu objetivo era criar um campo de treinamento da guerrilha, em um deserto no Sudeste do país. Mas foi preso no dia 08 de outubro, pelo exército boliviano, treinado pelos norte-americanos, e no dia seguinte executado com a autorização do presidente do país, o general René Barrientos, em uma escola da aldeia de La Higuera.
Com dúvidas sobre a identidade do guerrilheiro, seus executores amputaram suas mãos, na tentativa de reconhecer o corpo. Seus restos mortais ficaram por algum tempo ocultos, sendo encontrados em 1997, quando se comemorava os trinta anos de sua partida, enterrados no aeroporto de Vallegrande. As mãos foram misteriosamente contrabandeadas para Cuba. Hoje, Guevara é conhecido mundialmente como um dos mais célebres revolucionários de esquerda e até a revista Time Magazine o considerou uma das cem pessoas mais famosas do século XX.

Crise de 1929 (Grande Depressão)


Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão….
Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos.
A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.
Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez.
De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.
Vários fatores causaram essa crise:
Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.
Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.
Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.
Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 – dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).
Se o valor das ações de uma empresa está desabando, o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos, produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados, o que levará o empresário a demitir o pessoal.
Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também.
A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.
A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma idéia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram.
A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como conseqüência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.
Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.
Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.
Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.
O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana.
Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida como Grande Depressão.
Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.
Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)”.
A política de agressão culminou em 1939 quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a Segunda Grande Guerra.

Revolução Científica

Revolução Científica iniciou no século XV um conhecimento mais estruturado e prático, desenvolvendo formas empíricas de se constatar os fatos.

Até a Idade Média, o conhecimento humano estava muito atrelado ao modo de concepção da vida que a religiosidade propagava. A ciência, por sua vez, estava muito atrelada à Filosofia e possuía suas restrições. Mas o florescer de novas concepções a partir do século XV permitiu uma reformulação no modo de se constatar as coisas. A nova forma de pensar, comprovar e, principalmente, fazer ciência prosperou-se intensamente em um período que se prolongou até o fim do século XVI.
Revolução Científica tornou o conhecimento mais estruturado e mais prático, absorvendo o empirismo como mecanismo para se consolidar as constatações. Esse período marcou uma ruptura com as práticas ditas científicas da Idade Média, fase em que a Igreja Católica ditava o conhecimento de acordo com os preceitos religiosos. Embora na época tenha havido grande movimentação com a divulgação de novos conhecimentos e novas abordagens sobre a natureza e o mundo, o termo Revolução Científica só foi criado em 1939 por Alexandre Koyré.
Diversos movimentos sociais, culturais e religiosas prestaram suas valiosas contribuições para o incremento da Revolução Científica. Aquele era o período do Renascimento, uma fase que pregava a volta da cultura Greco-romana e propagava a mudança de orientação do teocentrismo para o antropocentrismo. Outra característica era o humanismo, uma corrente de pensamento interessada em um pensamento mais crítico e, principalmente, valorizava mais os homens. Tais abordagens mudaram muito o pensamento humano.
A ciência ganhou muitas novas ferramentas. Passou a ser mais aceita e vista como importante para um novo tipo de sociedade que nascia. As comprovações empíricas ganharam espaço e reduziram as influências das influências místicas da Idade Média. O conhecimento ganhou impulso para ser difundido com a invenção de Joahannes Gutenberg, a imprensa. A capacidade de reproduzir livros com exatidão e espalhá-los por vários lugares foi fundamental para a Revolução Científica na medida em que restringia as possibilidades de releituras e interpretações equivocadas dos escritos.
O modo místico da Igreja Católica de determinar o conhecimento perdeu ainda mais espaço com a Reforma Protestante. Os reformistas eram favoráveis à leitura da Bíblia em todas as línguas e também acreditavam que as descobertas da ciência eram válidas para apreciar a existência de Deus.
Em meio a toda essa efervescência favorável à Revolução Científica, o hermetismo também apresentou sua parcela de contribuição para o progresso do conhecimento. Usando idéias quase mágicas, apoiava-se e incentivava no uso da matemática para demonstrar as verdades. Com um novo horizonte, a matemática ganhou espaço e se desenvolveu com grande relevância para o desenvolvimento de um método científico mais rigoroso e crítico.
Os efeitos da Revolução Científica foram incontáveis e mudaram significativamente a história da humanidade. Provou-se que a Terra é que girava em torno do Sol, a física explicou diversos comportamentos da natureza, a matemática descreveu verdades e o humanismo tornou os pensamentos mais críticos, por exemplo. Entre os grandes nomes do período que deram suas contribuições para o avanço da ciência estão: Isaac NewtonGalileu GalileiRené DescartesFrancis Bacon,Nicolau CopérnicoLouis Pasteur Francesco Redi.
Fontes:
RONAN, Colin A. História Ilustrada da Ciência. São Paulo: Círculo do Livro, 1987.
http://proquimica.iqm.unicamp.br/revcien.htm

A ORIGEM DA CONTAGEM DO TEMPO

De onde surgiu a necessidade de controlar o tempo? Por que acompanhamos sempre o relógio para controlarmos as nossas atividades cotidianas?

Cronologia  (o estudo do tempo) é uma das invenções fundamentais da espécie humana! É com base neste conjunto de conhecimentos que a civilização consegue, até os dias de hoje, controlar e organizar sua vida e suas atividades.
Para compreendermos este costume tão cotidiano (às vezes nem nos damos conta de como a influência do relógio é importante em nossasvidas) é preciso recuar à aurora da humanidade.
Para os caçadores do Período Paleolítico, a posição dos astros e suas periodicidades eram usadas para saber quando a Lua mudaria, em que períodos as diversas estações da natureza aconteciam e qual sua influência no comportamento e migração dos animais para que a caça e a pesca pudessem ser bem sucedidas. Como viviam em bandos, uma caçada mal sucedida poderia comprometer sua alimentação e, consequentemente, sua espécie.  Já no Período Neolítico, arar a terra, semeá-la e o período de colheita precisavam de medidas de tempo precisas para que os períodos mais favoráveis fossem observados para que cada fase da agricultura fosse completada com sucessogarantindo, assim, o prosseguimento da espécie em um dado local.
E estas medidas de tempo tinham por base fenômenos naturais repetitivos. Ora, antigamente, antecedendo à invenção da escrita, a humanidade não detinha conhecimentos acerca da construção de artefatos que os auxiliassem na medição do intervalo de tempo. Desta forma, recorrer aos fenômenos naturais que fossem periódicos tornava-se a ferramenta mais favorável naquele momento onde despontava a aurora da nossa civilização. Os fenômenos periódicos mais utilizados foram os movimentos dos corpos celestes e, a partir daí, estes fenômenos passaram a determinar as estações do ano, os meses e os anos.
Exemplificando,  há cerca de 20.000 anos, os caçadores faziam medição de tempo contando os dias entre as fases da Lua, por meio de marcações em gravetos e ossos.
As descobertas arqueológicas indicam que em todas as civilizações antigas, desde os primeiros hominídeos, algumas pessoas estavam preocupadas com a medição do tempo, seja por motivos religiosos, agrícolas ou de estudo dos fenômenos celestes (uma forma antiga de astronomia).
Os Sumérios (povo residente na mesopotâmia) chegaram a elaborar um calendário, que dividia o ano em 12 meses de 30 dias, sendo que os dias eram divididos em 12 períodos (que equivalem a duas horas), e dividiam cada um destes períodos em 30 partes (aproximadamente 4 minutos). Pelo período ocupado por essa civilização (entre 5.300 e 2.000 anos antes de Cristo), a precisão de seu calendário é fantástica!
Além dos sumérios, os Egípcios também tinham um calendário que utilizava os ciclos das fases da Lua, mas que passou a utilizar o movimento da estrela Sirius, que passa próxima ao Sol a cada 365 dias, na mesma época em que a inundação anual do Nilo tem início. Isto foi muito importante para o crescimento da civilização Egípcia. Heródoto (historiador grego) afirmou que “O Egito é um presente do Nilo.”, já que a região seria apenas deserto se não houvesse este rio.
Podemos então sintetizar, afirmando que os fenômenos celestes é que determinavam o período de fertilidade da terra e o comportamento dos animais, grande preocupação de todos os povos.
Com o passar dos anos, muitos instrumentos para contar o tempo surgiram: relógios de areia, de sol, de água, … Até chegar aos modernos relógios atômicos. Mas isto é outra história!

ARQUIVOS SECRETOS DO VATICANO

Os Arquivos Secretos do Vaticano estão guardados na sede do Papado, na Cidade do Vaticano, localizada na Itália. Eles foram gerados aproximadamente no ano 1610, pelo então Pontífice Paulo V, com a intenção de resguardar o legado de Jesus Cristo herdado por seus seguidores. Eles resguardam toda a trajetória da Igreja Católica, cada decreto, carta, publicação, processos como os da Inquisição, enfim, toda a documentação eclesiástica.

Os representantes do catolicismo afirmam zelar, assim, pelos ensinamentos de Jesus, para que eles sejam transmitidos de geração para geração sem adulterações. Assim, ao longo do tempo, textos evangélicos, correspondências apostólicas e outros escritos foram preservados, bem longe dos olhos do público, pela Igreja. Desta forma, a solução foi criar um Arquivo que pudesse conter e guardar estes documentos.


Estes Arquivos constituem uma rede de aposentos e prédios nos quais são resguardados estes tesouros do Cristianismo, que em seu conteúdo narram toda a História da Igreja Católica. Mas o termo ‘secreto’ encontra-se, atualmente, apenas na expressão que denomina o conjunto destes textos, pois grande parte deles está hoje disponível para estudiosos e pesquisadores, e também virtualmente no site http://www.vatican.va, o endereço eletrônico do Vaticano.
Normalmente o clero torna acessível um documento arquivado depois de 75 anos, desde que os pontífices decidiram tornar este Arquivo parcialmente disponível. Tudo começou com o Papa Leão XIII, em 1883, quando ele tomou a iniciativa de liberar os escritos referentes a 1815 e seus predecessores para pesquisadores não ligados à Igreja. O estudioso Ludwig von Pastor teve o privilégio de ser o pioneiro no estudo destes documentos.
Em 1924 mais textos foram disponibilizados, englobando o período que vai até o fim do apostolado do Papa Gregório XVI, no dia 1 de junho de 1846. A partir de então mais documentos se tornaram acessíveis – em 1966, referentes à permanência de Pio IX à frente da Igreja, de 1846 a 1878; em 1978, textos sobre o pontificado de Leão XIII, de 1878 a 1903; em 1985, escritos de Pio X, que se manteve no Vaticano de 1903 a 1914, e de Bento XV, pontífice de 1914 a 1922.
Papa João Paulo II, em 2002, tomou a iniciativa de tornar acessível, a partir do ano de 2003, a documentação pertencente ao Arquivo Histórico da Secretaria de Estado (Segunda Seção), que contém os valiosos textos que narram as perigosas interações do Vaticano com a Alemanha durante o Nazismo, quando o pontífice que ocupava o trono de São Pedro era o Papa Pio XI, os quais despertaram intensa curiosidade no meio acadêmico.
Os Arquivos abrigam hoje 85 quilômetros de estantes, nas quais os documentos estão organizados em seis grupos – Cúria, Delegações Papais, Singulares ou Familiares, Concílios, Ordens Religiosas, Mosteiros e Confrarias e Outros. Este complexo está dividido em dois recintos modernos destinados à pesquisa, com capacidade para receber a visita de pelo menos 1500 estudiosos.
Há também um aposento que abriga índices, uma biblioteca, uma sala de restauração e estudos mais secretos, um laboratório de fotografias digitais e outro de informática, além do espaço administrativo. No site, porém, o conteúdo não está ainda acessível no idioma português.

APARTHEID


apartheid, termo africâner que quer dizer separação, surgiu oficialmente na África do Sul em 1944, e serve para designar a política de segregação racial e de organização territorial aplicada de forma sistemática a aquele país, durou até 1990.
objetivo do apartheid era separar as raças no terreno jurídico (brancos, asiáticos, mestiços ou coloured, bantus ou negros), estabelecendo uma hierarquia em que a raça branca dominava o resto da população e, no plano geográfico, mediante a criação forçada de territórios reservados: os Bantustanes.
Em 1959, com o ato de autogoverno, o apartheid alcançou o sua plenitude quando sua população negra ficou relegada a pequenos territórios marginais, autônomos e privados da cidadania sul africana.
Até aquele momento, a África do Sul com suas importantes riquezas minerais e sua situação geoestratégica, tinha se alienado do bloco ocidental. Contudo, o sistema racista fez com que, no momento em que se desenvolvia adescolonização, as pressões da comunidade internacional cresciam contra o governo de Pretória.
Em 1960, a África do Sul foi excluída da Commonwealth (Comunidade das Nações). A ONU aplicou sanções. Em 1972, a África do Sul foi excluída dos Jogos Olímpicos de Munique, perante a ameaça de boicote geral dos países africanos. Finalmente, em 1977, o regime sul africano foi oficialmente condenado pela comunidade ocidental e submetido a um embargo de armas e material militar. Em 1985, o Conselho de Segurança da ONU convocou seus Estados membros para adotar sanções econômicas.
Em todas estas condenações internacionais houve certa hipocrisia. Durante a Guerra Fria, o regime racista foi visto como um muro de contenção à expansão do comunismo na África. Moscou, pelo contrário, animou a luta contra o apartheid armando Angola e Moçambique, países cujos governos pró soviéticos se enfrentavam em guerrilhas patrocinadas pelo ocidente e apoiadas pela África do Sul.
O fim da Guerra Fria precipitou o fim do apartheid. O presidente Frederik de Klerk ,depois de várias negociações com os representantes das diversas comunidades étnicas do país, pôs fim ao regime racista em junho de 1991. Daí em diante, a população negra recuperou seus direitos civis e políticos.
O processo culminou com a chegada de Nelson Mandela, mítico militante anti-apartheid que tinha passado 27 anos na prisão, à presidência da República da África do Sul.

RENÚNCIA DE MUBARAK


Renúncia de Mubarak

Por Fernando Rebouças
Ex-presidente e ditador do Egito, Hosni Mubarak nasceu em 1928. Governou o Egito de 1981 a 2011, e renunciou depois da intensa crise política que tomou as principais cidades egípcias por meio de manifestações populares, pressão da oposição e greve geral.
A crise no Egito que exigiu a saída de Mubarak foi inspirada na Revolução do Jasmim, ocorrida entre os meses de dezembro de 2010 e janeiro de 2011, na Tunísia, que culminou com a renúncia do então presidente da Tunísia, Zine El Abidine Bem Ali. Além do Egito, a crise se estendeu a outros países árabes.
Mubarak ocupou o poder em 1981, depois do assassinato de seu antecessor, Anwar Sadat, morto pelo radicalismo islâmico. Antes , Mubarak havia ascendido na Força Área pelo seu desempenho na guerra de Yom Kippur com Israel. Em 1975, tornou-se vice-presidente. O Egito é uma república desde 1952.
Em 1995, Mubarak sobreviveu a um atentado enquanto visitava a Etiópia. Até 2005, sempre se reelegeu por referendo popular como candidato único.  Em 2005, permitiu a participação de outros candidatos na eleição presidencial, e mesmo assim venceu as eleições.
Durante as manifestações contra o seu governo, no dia 25 de janeiro de 2011, nomeou Omar Suleiman como vice-presidente e, em 1º de fevereiro de 2011, prometeu não concorrer à reeleição. Perante à situação de conflito pela qual o país caminhava, no dia 10 de fevereiro, decidiu renunciar. A renuncia foi anunciada pelo vice-presidente na TV estatal.
As ruas do Cairo e das principais cidades do pais iniciaram um intenso carnaval para comemorar a renúncia de Mubarak, a imprensa mundial destacou que o povo do Egito derrubou o regime ditatorial de Mubarak. O primeiro-ministro foi mantido no poder, mas o governo e as resoluções do pais passaram às mãos das Forças Armadas.
Dias após a renuncia de Mubarak,  junta militar anunciou que ficaria seis meses no poder, tempo necessário para realizar novas eleições e permitir uma transição política pacífica. A junta militar cancelou a Constituição vigente e iniciou um comitê para a elaboração de uma nova Constituição a ser decidida por referendo popular.

PROTESTOS NO MUNDO ÁRABE


Por Fernando Rebouças

A partir do mês de dezembro de 2010, por meio da Revolta do Jasmim, na Tunísia, iniciou-se uma onda de protestos políticos, sociais e econômicos contra os governos ditatoriais presentes há décadas no mundo árabe, incluindo nações do Oriente Médio e do norte da África.
Para entendermos o assunto é necessário conhecermos um pouco a respeito do mundo árabe que sempre foi visto como um bloco formado por vasta reservas de petróleo e postura política e cultura fechada pelo ocidente. O mundo árabe é formado por cerca de 24 países e território, ao todo possui uma população de 325 milhões de pessoas distribuídas no Oriente Médio e na África.
No Oriente Médio abrange a península arábica e a região de Magreb (norte da África). Os árabes são descendentes dos semitas, povo que habita a região há mais de quatro mil anos, os semitas pertenciam a uma etnia diferente dos persas (atual Irã) e dos turcos. Um dos fatores que consolidou a região do mundo árabe foi o fortalecimento da religião islâmica que, por meio das quatro Califas que sucederam o profeta Maomé, conquistou todo o Oriente Médio, o norte da Índia e regiões da Europa.
No mundo árabe não há um estado laico, ou seja, um estado separado da religião, todas as atividades do estado, das empresas e das telecomunicações são interligadas com o preceito religioso, havendo a ausência de uma cultura profundamente secular na sociedade, nas artes e nas instituições.
No decorrer do século XX, muitos desses países passaram a ser governados por líderes políticos que representavam um estilo de governo paternalista, com mãos de ferro e , em alguns países, influenciados por uma estrutura socialista ou monárquica. Quando nos referimos à religiosidade islâmica (que deve ser respeitada como as demais religiões), devemos nos lembrar que a mesma representa uma população mundial de 1,3 bilhões de pessoas de 47 países, ou seja, não é uma religião somente presente no mundo árabe.
No aspecto socioeconômico, podemos refletir sobre a seguinte questão: por que países ricos em petróleo como a Arábia Saudita, e  favoráveis ao turismo como o Egito e o Bahrein, que possuem um território e população similar a de países como a França e a Suíça possuem alto índice de desemprego, baixa renda, e índices econômicos pouco estáveis?
Esse ambiente de insatisfação e incerteza acabou por encorajar as populações locais de determinados países do mundo árabe a protestarem por melhor condição de vida, oportunidade de trabalho e estudo para a população e, principalmente, para os mais jovens, isso ficou nítido durante a queda dos presidentes da Tunísia, do Egito e dos protestos contra Gaddafi na Líbia. Os protestos se intensificaram no início de 2011, em outros países do bloco, como Argélia, Jordânia, Mauritânia e Bahrein, assunto que foi debatido até no Fórum Social Mundial de 2011.

HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL


Por Thais Pacievitch

Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, a região onde está situado o estado do Rio Grande do Sul  era habitada por índios guaranis, tapes e charruas. Um dos primeiros registros que faz referência à região data de 1531, quando os navegadores portugueses Martin Afonso de Souza e Pero Lopes, de passagem pela costa (na qual não desembarcaram), batizaram a barra (onde alguns anos depois, foi aberta a passagem para os navios, do oceano para a Lagoa dos Patos) com o nome de Rio Grande de São Pedro. Por um grande período, a região foi visitada apenas por aventureiros, em busca de índios para capturar e escravizar.
  No início do século XVII, a região até então considerada “terra de ninguém”, começou a ser ocupada com a chegada dos padres jesuítas, que fundaram as Missões Jesuíticas pela região onde hoje estão situados os estados do Rio Grande do Sul e do Paraná e os países, Paraguai e Argentina. As missões jesuítas, nessa região, tinham como principal característica o grande número de índios guaranis convertidos por grupos pequenos de religiosos. Com o objetivo de garantir a alimentação dos índios convertidos, o Padre Jesuíta Cristovão de Mendonça introduziu o gado nas missões em 1634.
Em 1641, os bandeirantes expulsam os jesuítas da região. Na fuga dos jesuítas, grande parte do gado se espalhou pela região, virando selvagem (ou chimarrão, como se dizia na época), dando origem ao chamado gado “orelhano”.
Em 1682, jesuítas espanhóis, aproveitando que os bandeirantes estavam ocupados na extração de ouro e pedras, retornam ao solo gaucho e fundam o primeiro núcleo urbano do estado: São Francisco de Borja, atualmente a cidade de São Borja.
O primeiro grupo de povoadores organizados e apoiados oficialmente pelo governo veio da Ilha dos Açores, em 1740, e foram acomodados nas proximidades de Porto de Dorneles. Essa população deu origem à cidade de Porto Alegre.
As estâncias, o mesmo que chamamos de fazenda, já em 1780, investiam na produção de charque, produto que passou a ser vendido para o restante do país.
Um capítulo a parte na história do Rio Grande do Sul foi a Revolução Farroupilha, que teve inicio em 1835 e durou 10 anos. A Revolta dos Farrapos foi um movimento de imperialistas contra os gaúchos republicanos, causada por motivos econômicos, sociais, políticos e militares. As idéias iluministas, liberais, encantaram a elite rio-grandense, que sofria com os desmandos do poder imperial, que cobrava altos impostos e eram indiferentes as necessidades da região. O conflito tem fim com a assinatura do “Ponche Verde”, em primeiro de março de 1845.

HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS


história dos Estados Unidos começa na Inglaterra. No século XVII, a Inglaterra criou, ao longo da costa atlântica, um império norte-americano.
No final de "um século de desonra" (século XVIII), quatro milhões de colonos, essencialmente britânicos, repeliam os índios para o Ocidente e tomaram posse das terras. A vontade de Londres em controlar e obrigar a pagar impostos, as suas colónias americanas, que experimentaram um progresso económico formidável, provocou a revolta dos colonos contra a Inglaterra: ganharam a guerra e proclamaram a sua independência em 4 de Julho de 1776. Foi a primeira vez na História que uma colónia se emancipou.
Em 1787, os Estados americanos elaboram a Constituição dos Estados Unidos, caracterizada pela separação dos poderes, a soberania popular e o federalismo. Primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington enunciou as grandes linhas de uma política externa baseada no isolacionismo.
A própria história política dos Estados Unidos da América, nomeadamente à sua liberdade do poderio inglês, fez nascer por toda a parte sentimentos comuns, ou seja, o desejo de colónias desprenderem-se dos poderosos colonizadores. A experiência não se fez esperar. A partir desta data surge um grande conjunto de ideais revolucionários por toda a parte do globo, destacando-se a Revolução Liberal Francesa de 1789 e a revolução da Independência Brasil, em 1820.
A partir deste momento, os Estados Unidos da América tornaram-se numa potência mundial, sem precedentes, após as grandes lutas mundiais que pairaram por todo o Mundo, principalmente no século XX (as duas Guerras Mundiais). De igual modo tornou-se numa nação industrializada e com características propícias a uma atracção de populações que buscavam melhores condições de trabalho.
É de salientar a força e o poderio que, actualmente, ou mesmo pós Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos ocupam na esfera internacional, sendo este o grande dinamizador das instituições internacionais, que emergiam no período pós 1950. Depois de vários anos em que os Estados Unidos adoptaram a sua política oficial, ou seja, o isolacionismo, estes viram-se obrigados a participar nos assuntos mundiais, nomeadamente a entrada do país na II Guerra Mundial, em 1941. A derrota no Vietname suscitou um renascimento da atitude isolacionista, mas o confronto constante com o comunismo e o desenvolvimento do terrorismo internacional, a que levou os Estados Unidos a atacarem a Líbia (1986), o Iraque (1991 e 2003) e Afeganistão (2002) mostraram que os Estados Unidos tinham que assumir uma vez mais a responsabilidade dos princípios "vida", "liberdade" e "procura de felicidade" em nome dos quais foi fundada e estão consignados na Declaração de Independência de 4 de Julho de 1776.
Os Estados Unidos são formados por cinquenta Estados contabilizando no total uma área de 9.363.488 km2, unindo um total de 281.421.906 habitantes, segundo dados do recente Censos de 2000 (quadro 1).

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

SUPERFÍCIE TERRITORIAL

Os Estados Unidos da América ocupam uma área total de 9.363.488 km2, constituídos por 50 Estados.

CAPITAL

Washington DC, situada a 200 km da costa atlântica, no distrito da Colúmbia, é a capital.

GEOGRAFIA

Os Estados Unidos apresentam uma flora e fauna muito diversa, na medida em que é um país com áreas bastante rochosas, como por exemplo o emblemático Grand Canyon, como também áreas de vegetação, propícias a uma agricultura rica e de igual modo áreas secas, mas ao mesmo tempo benéficas para determinadas actividades.

CLIMA

O clima do país é extremamente diversificado, devido à situação geográfica a que o país está exposto (banhado pelo Oceano Pacífico, Atlântico e pelo Mar Beaufort que é influenciado pelo Oceano Glacial Árctico), assim sendo, o clima é geralmente temperado, com variantes como clima subtropical no Sul, clima mediterrâneo no sul da Califórnia. Os Verões são quentes e Invernos frios, principalmente no Norte. Quanto às temperaturas, estas variam de -3 a 6°C em Janeiro, a 20-31°C em Julho, na capital Washington DC.

LAGOS E RIOS

Os maiores e mais importantes lagos dos EUA são: Lake of Woods, Agassiz, Bonneville, Champlain, Erie, George e Michigan.
Em relação aos rios dos muitos que existem, os maiores e mais importantes são: Mississippi, Missouri, Yokon, Arkansas, Colorado e Columbia.

SISTEMA POLÍTICO

Os Estados Unidos é uma república federal, com um sistema democrático de governo e presidencialista, isto é, o Presidente dos EUA é Chefe de Estado e de Governo. Como instituições governamentais existe o Senado e o Congresso.

A CONSTITUIÇÃO

A Constituição dos Estados Unidos da América, datada em 1787, é composta por 7 artigos fundamentais e 22 aditamentos. Está de igual modo patente a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

EMBLEMA NACIONAL

O emblema dos Estados Unidos é composto por uma águia americana que traz consigo a expressão latina "E pluribus Unum", que significa " para todos, um" ou " de todos, o primeiro". Este emblema é muitas vezes associado ao imperialismo romano devido à águia, por ser símbolo de Império.

A BANDEIRA NORTE-AMERICANA

Em 21 de Agosto de 1959, o Presidente Eisenhower adoptou a bandeira final dos EUA, que consiste nas treze faixas (7 encarnadas e 6 brancas), que são as treze primeiras colónias americanas e as 50 estrelas representam os actuais 50 estados norte-americanos.

HINO NACIONAL

O Hino " The Star Spangled Banner" foi aprovado por acto de Congresso em 3 de Março de 1931, como hino nacional dos EUA. Foi escrito pelo advogado e poeta americano Francis Scott Key a bordo da fragata British, durante o bombardeamento britânico em Baltimore, Maryland, em 1814.

MOEDA

O dólar americano é dividido em 100 cêntimos.

POPULAÇÃO

Nos últimos censos (2000) a população norte-americana era de 281.4 milhões de habitantes.

RELIGIÃO

A diversidade está patente na caracterização religiosa da população norte-americana, nomeadamente cristã, temos 32% protestantes e 22% católicos, 3% é judaica, 2% ortodoxa e 1% muçulmana. No entanto, são valores que tendem a variar.

LÍNGUAS

Oficialmente a língua dos EUA é a inglesa, mas no entanto devido à grande diversidade de etnias existe neste país uma cultura linguística enorme, o que possibilita que se falem todas as línguas existentes no Mundo.

DESPORTOS

Os desportos americanos mais praticados e os que mais têm levado o nome americano nos mais altos pódios mundiais são: atletismo (todas as modalidades), basebol, futebol americano, natação e ténis.

PRODUÇÕES

Nos EUA a diversidade de produção caracteriza bem o tecido produtivo deste país. As principais produções são: cereais, soja, algodão, tabaco, batata, citrinos, cana-de-açúcar, sementes de oleaginosas, produtos hortícolas e frutos, madeira, gado, peixe, carvão, petróleo e gás natural, minério de ferro, cobre, chumbo, zinco, ouro, prata.

ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Ferro e aço, produtos químicos, veículos automóveis, aeronáutica, equipamento de telecomunicações, computadores, electrónica, têxtil, silvicultura, papel e pasta de papel, indústrias extractivas, pescas.

EXPORTAÇÕES

Equipamento mecânico, eléctrico e electrónico, produtos químicos, cereais, veículos automóveis, aviões, soja, carvão, instrumentos de precisão, derivados do petróleo, pequenos produtos metálicos manufacturados, têxteis, tabaco, fruta e produtos hortícolas.

EMIGRAÇÃO AÇORIANA PARA OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

A emigração açoriana nos Estados Unidos da América remonta a meados do século XIX. A presença açoriana neste país é anterior a este período, no entanto o seu carácter sistemático remonta à segunda metade do século XIX.
As principais causas de emigração para este país são, na sua maioria as que motivam qualquer movimento migratório, tais como os baixos recursos económicos dos residentes no arquipélago e a tentativa de melhoria das condições de vida. A passagem das baleeiras norte-americanas pelos Açores, nomeadamente pelo porto da Horta foi, igualmente, um factor de motivação para aqueles que pretendiam emigrar. Essas baleeiras procediam nos Açores ao engajamento de homens para as suas frotas.
Os açorianos emigrados ocuparam-se em actividade relacionadas com a pesca, indústria têxtil, pecuária e pequena indústria.
Durante o século XX a emigração para este país conheceu números elevados, na ordem dos milhares por ano. Se analisarmos o gráfico, com elementos entre a década de 60 até aos nossos dias, verificamos que este movimento foi constante, sobressaindo os finais da década de 60 e a década de 70. A partir desse período a emigração de açorianos para os Estados Unidos entrou em declínio. Nos últimos cinco anos, a média da emigração para aquele país é de cerca de 116 indivíduos ao ano, número que fica muito aquém dos milhares de anos anteriores.
As comunidades açorianas encontram-se, principalmente, na Costa Leste, nos Estados de Massachusetts e Rhode Island e na Costa Oeste, na Califórnia, porém encontramos outras comunidades de pequena dimensão noutros Estados daquele país.
Estas comunidades compostas por pessoas de todas as ilhas dos Açores transportaram para o país de acolhimento as mais variadas tradições vividas no arquipélago, como seja a Festa em louvor do Divino Espírito Santo, o Santo Cristo dos Milagres, assim como outros elementos da identidade cultural açoriana, desde a gastronomia, o artesanato, a profunda religiosidade.
Contribuíram igualmente, para a abertura de escolas portuguesas, para o surgimento de jornais, programas radiofónicos e televisivos. Destaca-se também o movimento associativo a todos os níveis, cultural, desportivo, social.
Fonte: www.azores.gov.pt

HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS

1. INTRODUÇÃO

Estados Unidos da América, república federal situada na América do Norte e formada por 48 estados contíguos, além do Alasca e do Havaí. Dos Estados Unidos dependem, sob formas variadas, o estado associado de Porto Rico, as Ilhas Virgens, a baía de Guantánamo (Cuba), a ilha de Guam, a Samoa Oriental, as ilhas Marianas, o arquipélago Midway, a Federação de Estados Micronésios, as ilhas Palau, o arquipélago das ilhas Marshall e outras pequenas ilhas e ilhéus de importância militar.
O conjunto dos 48 estados limita-se ao norte com o Canadá, a leste com o oceano Atlântico, ao sul com o golfo do México e com o México e a oeste com o oceano Pacífico. Os Grandes Lagos e o rio São Lourenço formam parte da fronteira norte; o rio Grande, ou Bravo, faz parte da fronteira sul. A capital é Washington. A superfície é de 9.809.155 km2 (inclusive o distrito federal de Colúmbia).

2.TERRITÓRIO E RECURSOS

A parte mais antiga do continente é o escudo canadense, ou meseta laurentina, massa granítica no nordeste dos Estados Unidos, formada no período pré-cambriano. Após a colisão que formou os montes Apalaches, o continente começou a se deslocar em direção ao oeste. Os Apalaches começaram a sofrer erosão e seus sedimentos se acumularam nas Grandes Planícies do centro do continente e nas planícies costeiras do Atlântico e do golfo do México. Enquanto isso, a colisão do continente com a placa do Pacífico provocou novos alinhamentos montanhosos no oeste: as Montanhas Rochosas, Sierra Nevada, na Califórnia, os montes Wasatch, em Utah, diversas cordilheiras em Nevada e a cordilheira Teton, em Wyoming. Durante os períodos glaciais, formaram-se os lagos alinhados e as rochas descobertas da Nova Inglaterra e do norte de Minnesota (ver Tectônica de placas). Existe grande diversidade de temperaturas de sul a norte e grande variedade de climas, dependendo das estações e dos estados; em geral, variam do clima subtropical da Flórida ao frio e úmido do norte, passando pelo quente e seco do sul e pelo continental das grandes planícies centrais. Os principais rios são: Hudson, Mississippi, Arkansas, rio Grande, Colorado, Snake e Colúmbia. Os cinco Grandes Lagos — Ontário, Erie, Huron, Michigan e Superior — ocupam uma série interconectada de bacias que formam grande artéria de transporte. Os bosques ocupam 32% da superfície dos Estados Unidos. Ao norte, o Alasca é uma tundra, no interior e no sul crescem principalmente pinheiros e abetos, dando lugar à denominada taiga. No entanto, mais em direção ao sul, o bosque alcança sua diversidade máxima: o Parque Nacional Great Smoky Mountains. No sul da Flórida, crescem espécies subtropicais e tropicais. Nas áreas árticas e regiões montanhosas de tundra, vivem marmotas, esquilos da terra, peixes de água fria e a truta comum. Nos bosques de madeira nobre do leste do país, habitam alces, ursos negros, cervos, raposas, mapaches, zorrilhos e grande variedade de pássaros pequenos. Na costa do golfo do México vivem pássaros maiores. O bisão está, em geral, associado às pradarias.

3.POPULAÇÃO E GOVERNO

A população (1995) é de 263.437.000 habitantes, com densidade de 26,4 hab/km2. O grupo mais numeroso (aproximadamente 58 milhões) é de ascendência inglesa; 38,7 milhões são descendentes de irlandeses e 32,7 milhões de alemães. Perto de 31,8 milhões de norte-americanos de cinco anos ou mais cresciam em famílias nas quais se falava alguma língua além do inglês. Os brancos constituem 83,9% da população, os negros 12,3%, os descendentes de índios americanos 0,8% e os asiáticos e habitantes das ilhas do Pacífico, 3%. O maior grupo religioso é formado pelos católicos, com 25% da população. Entre os grupos protestantes destacam-se os batistas (19,4%), os metodistas (8%), os presbiterianos (2,8%), os pentecostais (1,8%) e os episcopalianos (1,7%). A Igreja ortodoxa possui um número de seguidores em torno de 3%. As religiões não cristãs mais numerosas são o judaísmo (2%) e o islã (ver Fundamentalismo; Movimentos missionários). O inglês é a principal língua. Dos 32 milhões que se expressam em língua diferente, 54% fala espanhol e o restante, outros idiomas (ver Música popular; Dança; Literatura norte-americana; Arte e arquitetura dos Estados Unidos; Pintura; Escultura). A lei suprema é a Constituição de 1789. As primeiras 10 emendas (conhecidas como Declaração de Direitos), adotadas em 1791, garantem as liberdades civis. Entre 1795 e 1992, foram adotadas 17 emendas adicionais que, entre outras medidas, aboliam a escravatura e estipulavam o sufrágio universal para os maiores de 18 anos. O presidente é a máxima representação do Estado e chefe de governo. Todos os poderes legislativos são exercidos pelo Congresso, que é bicameral.

4.ECONOMIA

Desde o início do século XX, é o principal país industrial do mundo. O desenvolvimento mais importante da economia desde 1945 foi o crescimento deste setor. A moeda é o dólar. O gado vacum é o principal item das exportações agropecuárias. Os principais cultivos são cítricos, feno, batatas, açúcar, beterraba, cereais e uvas. No que se refere à pesca comercial, é a sexta nação do mundo em toneladas capturadas. É um dos líderes mundiais em produção mineral. Os três principais produtos são: petróleo, gás natural e carvão. No final dos anos 80, produzia aproximadamente 55% do molibdênio mundial, 51% da mica, 40% do magnésio, 30% do fosfato, 23% do alumínio, 22% do chumbo e 20% do enxofre básico. As principais manufaturas são produtos químicos, equipamentos de transporte, alimentos processados, maquinaria industrial e equipamentos eletrônicos. No começo da década de 90, a produção nacional bruta ocupava o primeiro lugar mundial, com 6,4 bilhões de dólares, mais ou menos 24.700 dólares per capita (ver Sistema bancário; Finanças; Dinheiro).

5.HISTÓRIA

Antes da chegada dos colonizadores, as culturas autóctones eram seminômades e a densidade da população, baixa. A colonização européia significou a destruição completa dessas culturas (ver Povos indígenas americanos).
As viagens, no final do século XV, de Cristóvão Colombo e de Giovanni Caboto, constituíram o início do descobrimento e da colonização do continente americano. A fundação de San Agustín (na atual Flórida) pelos espanhóis, em 1565, marcou o início da colonização européia. O primeiro assentamento permanente criado pelos ingleses foi Jamestown, em 1607. Em 1624, a colônia passou a ser província real. Os franceses fundaram Quebec em 1608 e descobridores como Jacques Marquette, Louis Jolliet y René-Robert Cavalier, senhor de La Salle, garantiram à França vastos territórios no interior, inclusive todo o vale alto do rio Mississippi. Os holandeses alicerçaram suas pretensões sobre esses territórios nas explorações de Henry Hudson, a serviço da Companhia das Índias Orientais. Chegou à baía de Nova Iorque em 1609 e explorou o rio que leva seu nome. Durante os anos seguintes, os holandeses fundaram em Nova Holanda vários postos comerciais. Em 1625, foi fundada a Nova Amsterdam (hoje Nova Iorque). A atividade colonizadora inglesa foi retomada em 1620, quando os separatistas adquiriram o direito de assentar-se em Virgínia e fundaram Plymouth, ponto de partida da colonização da Nova Inglaterra, realizada principalmente por puritanos.
A primeira manifestação da autoridade parlamentar sobre as colônias foi a Lei de Navegação, de 1651, que obrigava a que as importações e as exportações das colônias fossem embarcadas em navios de bandeira inglesa; leis posteriores proibiram as relações comerciais entre as colônias e outros países. Em 1660, com o reinado de Carlos II, ampliaram-se as leis de navegação. Em 1684, foi decretada a unificação das colônias em uma única província real, o domínio da Nova Inglaterra. O governo inglês desafiou o poderio militar francês, seu principal rival na construção de um império colonial. A guerra que se seguiu prolongou-se por quase um século, em distintas partes do mundo. O tratado de Utrecht, em 1713, obrigava a França a entregar numerosos territórios. A confrontação decisiva entre a Inglaterra e a França pelo controle da bacia do rio Ohio conduziu à fase final do conflito, a Guerra Francesa e Índia (Guerra dos Sete Anos). De acordo com o tratado de Paris, a França perdeu todas as suas possessões na América do Norte e a Espanha entregou parte da Flórida, que passou às mãos da Grã-Bretanha. Como resultado da guerra, o déficit britânico foi duplicado, o que levou à promulgação de novas leis impositivas, como a Stamp Act e as Townshend Acts, a que se opuseram as colônias.
Além disso, numa tentativa de evitar a quebra da Companhia das Índias Orientais, o Parlamento concedeu-lhe o monopólio da venda de chá às colônias, o que provocou nova crise, representada na Festa do Chá de Boston. As colônias celebraram em 1774 o primeiro Congresso Continental. O movimento de protesto das colônias precipitou a Guerra da Independência Norte-americana. No segundo Congresso Continental, celebrado em 1775, George Washington assumiu as prerrogativas próprias do poder executivo. Declarou-se a independência em julho de 1776 e adotou-se uma declaração formal de princípios, redigida por Thomas Jefferson. Entre 1776 e 1865, a confederação norte-americana passou de 13 a 26 estados membros.
A jovem nação teve de enfrentar sérios problemas sociais, econômicos e políticos. Os dois mais graves foram decidir se prevaleceria a autoridade do governo federal ou a de cada um dos estados e se continuaria a escravatura. A controvérsia sobre ambas as questões dividiu o país em duas facções opostas: o Norte e o Sul. Com a assinatura do tratado de Paris (1783), que pôs fim à guerra com a Grã-Bretanha, o país enfrentou novos problemas, o principal dos quais era estabelecer uma forma de governo que mantivesse os treze estados em sólida e efetiva união. De acordo com os Artigos da Confederação, aprovados pelo Congresso em 1777, os estados membros conservavam sua autoridade soberana e o Congresso era um órgão no qual estavam representados os estados e o povo. A Constituição entrou em vigor em 1788 e George Washington, primeiro presidente dos Estados Unidos, iniciou seu mandato em 1789. Os debates realizados no Congresso trouxeram à tona as distintas concepções políticas e econômicas que existiam sobre a nova nação: os federalistas lutavam pela existência de um governo federal forte que defendesse os interesses nacionais; os republicanos sustentavam, ao contrário, a limitação dos poderes federais e a proteção dos direitos de cada um dos estados, além de simpatizar com a ideologia da Revolução Francesa, favorecendo a França em detrimento da Grã-Bretanha. Os federalistas se inclinavam por estrita neutralidade. A Guerra Anglo-americana e o tratado de Gante (1814), que pôs fim ao conflito, criou forte sentimento de unidade nacional e destruiu a influência política do Partido Federalista. Nos comícios eleitorais de 1828, triunfou Andrew Jackson.
A principal questão foi a escravidão dos negros, que toldou qualquer outro aspecto político. Durante o século XVII, aproximadamente 25.000 negros africanos tinham sido levados para as colônias norte-americanas e a escravidão era legal. A demanda de mão de obra barata para trabalhar nas plantações de algodão provocou grande aumento no número de escravos no sul. O norte, eminentemente industrial, considerava a escravidão uma instituição deplorável; dessa forma, no final do século XVIII, todos os estados ao norte de Maryland, exceto New Jersey, haviam declarado a abolição da escravatura. Em 1818 o território de Missouri, onde a escravidão era legal, solicitou seu ingresso na União. Após longa e violenta polêmica em todo o país, o Congresso promulgou o Compromisso de Missouri. De acordo com essa lei, Missouri foi admitido como estado escravocrata, embora a escravidão estivesse proibida em todos os estados constituídos além de Louisiana.
A partir de 1820, cresceu o sentimento abolicionista em todos os estados do Norte, enquanto o Sul via na abolição uma agressão direta a seu tradicional modo de vida. Em 1836, habitantes do Texas se sublevaram e estabeleceram a República do Texas, numa tentativa de incorporar-se aos Estados Unidos. O Sul lutou decididamente pela anexação do Texas, onde a escravidão era legal. O Norte se opôs. Em 1845, o Texas foi admitido na União, o que provocou a guerra entre os Estados Unidos e o México, que nunca havia reconhecido a independência daquele território mexicano. Consoante o Tratado de Guadalupe Hidalgo (1848), o México, em troca de quinze milhões de dólares, cedeu a Califórnia e o Novo México e reconheceu o rio Grande (ou Bravo) como fronteira entre o Texas e o México. Resolução emitida em 1857 pelo Tribunal Supremo, sancionou a instituição da escravatura, ao considerar que os escravos eram propriedade e não cidadãos, e que ao Congresso não cabia o direito de proibir a escravatura. Abraham Lincoln, que defendia que a decisão sobre a escravidão fosse do Congresso, foi proclamado presidente em 1860, ano em que a Carolina do Sul se separou da União, seguida de outros dez estados, que se constituíram na Confederação dos Estados da América em 1861.
Era o início da Guerra Civil Norte-americana. O Congresso aboliu a escravidão em 1862, após promulgar a Proclamação da Emancipação e, em 1854, a décima terceira emenda da Constituição a aboliu em todos os estados. O primeiro tema que o país teve de enfrentar, uma vez terminada a Guerra Civil (período conhecido como Reconstrução), foi a reintegração dos estados separatistas à União. O plano Lincoln consistia em readmitir os estados sem impor-lhes excessivas represálias.
O presidente Andrew Johnson manteve inicialmente postura semelhante. No entanto, o Congresso aprovou, em 1867, as Leis de Reconstrução, mediante as quais se garantia, no Sul, o direito de voto à população masculina negra e se proibia aos dirigentes políticos confederados fazer parte dos governos estatais. Essa política provocou grande ressentimento entre os sulistas, que tentaram influenciar os governos federais por meio da intimidação, orquestrada pela Ku Klux Klan. O Norte permitiu que, em 1867, os sulistas conseguissem recuperar o controle do governo de seus estados. Em 1885, Grover Cleveland foi eleito presidente. Seu mandato foi caracterizado pelo nascimento do movimento operário organizado, com influência política e econômica. Os sindicatos adquiriram dimensão nacional entre 1861 e 1866. Seu segundo mandato foi marcado por um período de depressão industrial, com aumento da inflação, desemprego elevado e numerosas falências e greves.
O último terço do século XIX foi caracterizado pela aquisição, pelos norte-americanos, de privilégios portuários nas ilhas de Samoa e pela anexação da ilha de Tutuila (ver Samoa Oriental). Em 1893, uma revolta eclodiu nas ilhas do Havaí, que em 1898 foram anexadas aos Estados Unidos. O presidente seguinte foi William McKinley. O principal acontecimento foi a Guerra Hispano-americana, pela qual a Espanha perdeu suas últimas províncias de ultramar, em 1898. Após a vitória, os Estados Unidos adquiriram Cuba, as Filipinas, Guam e Porto Rico. Em 1901, Theodore Roosevelt assumiu a presidência. O final da guerra com a Espanha obrigou os Estados Unidos a se defrontarem com o problema de organizar e governar Porto Rico, as Filipinas e Cuba, ilha na qual manteve um protetorado até 1902. O Congresso estabeleceu um governo civil em Porto Rico e, em 1917, a cidadania norte-americana foi outorgada aos porto-riquenhos. Nas Filipinas, os rebeldes dirigidos por Emilio Aguinaldo, em um primeiro momento, resistiram à ocupação. A Lei Jones, de 1916, prometia a independência, que não chegou até 1946. Em 1911, o ditador mexicano Porfirio Díaz havia sido destituído por uma revolução dirigida por Francisco Ingnacio Madero, cujos esforços em prol de um processo de reformas haviam sido vistos com bons olhos pelos Estados Unidos.
Após o assassinato de Madero, o General Victoriano Huerta foi feito ditador. Em 1914, os Estados Unidos apoiaram o general Venustiano Carranza, que liderou uma sublevação contra Huerta, que empreendera atos de represália contra cidadãos norte-americanos. Os Estados Unidos responderam ocupando Veracruz. A mediação da Argentina, do Brasil e do Chile, a fim de evitar a guerra, teve como resultado a demissão de Huerta e a chegada ao poder de Carranza, cujo governo foi reconhecido pelos Estados Unidos em 1915. A maior parte dos grupos depuseram as armas; o único a manter a revolta foi Francisco (Pancho) Villa, que, em 1916, realizou uma incursão sobre Colombo (Novo México). Em 1912, ganhou as eleições o democrata Thomas Woodrow Wilson. Seu programa político, de tendência progressista, ficou conhecido como "Nova Liberdade". Wilson conseguiu realizar, durante a maior parte de seus dois mandatos, importantes reformas legislativas que influenciaram a política aduaneira, o sistema bancário, os trustes, o mundo operário e a agricultura. No entanto, as questões mais importantes durante a presidência de Wilson foram a I Guerra Mundial e a assinatura da paz em 1919, com o tratado de Versalhes.
Com as eleições celebradas em 1920, inicia-se um período de domínio republicano, caracterizado pelo estabelecimento de tarifas elevadas. O tema mais controvertido do período 1920-1932 foi a proibição da fabricação e venda de bebidas alcoólicas, que deu origem a um período de violências, quando bandos organizados controlaram sua venda ilegal. Em 1929, uma comissão presidencial determinou o fim das leis antialcoólicas. O mandato do presidente Herbert Clark Hoover viu-se marcado pelo desmantelamento do mercado de valores, ocorrido em 1929. A derrocada da Bolsa precedeu uma depressão econômica que adquiriu dimensões mundiais. Entre as medidas adotadas, modificaram-se as normas do sistema da Reserva Federal, a fim de permitir a obtenção de créditos, por parte de homens de negócio e de produtores rurais, e a criação da Corporação Financeira para a Reconstrução. Apesar disso, a depressão econômica acentuou-se ainda mais, o que marcou a campanha presidencial de 1932. Os democratas, liderados por Franklin Delano Roosevelt, obtiveram esmagadora vitória.
A política exterior norte-americana, entre 1920 e 1932, centrou-se no problema das dívidas de guerra e nas indenizações exigidas à Alemanha (ver Ressarcimentos de guerra). A política econômica e social de Roosevelt ficou conhecida como New Deal. Tinha duplo objetivo: a recuperação da depressão econômica e a estabilização da economia nacional, para evitar outras crises graves no futuro. O governo também criou diversos organismos para socorrer aos mais necessitados. A política exterior concentrou-se em aumentar o comércio exterior, em especial com a América do Sul, solucionar os problemas criados pela guerra entre a China e o Japão (iniciada em 1937) e no irrompimento da II Guerra Mundial, em 1939, à qual os Estados Unidos aderiram em 1941. A Aliança entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos parecia próxima, após o anúncio, em 1941, da Carta do Atlântico, proclamação dos oito princípios da paz que ambos os países desejavam. Esta carta foi engendrada por Roosevelt e pelo primeiro ministro britânico, Sir Winston Churchill. O ano de 1941 foi caracterizado por intenso debate nacional sobre a intervenção na guerra. Os intervencionistas consideravam essencial para a segurança norte-americana a vitória sobre o Eixo Roma-Berlim-Tóquio. Em dezembro de 1941, o governo japonês lançou um ataque aéreo sobre a base naval norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, e os Estados Unidos declararam guerra ao Japão. Em dezembro, a Alemanha e a Itália declararam guerra aos Estados Unidos.
Os esforços diplomáticos de Roosevelt deram lugar a uma série de conferências com Winston Churchill e o líder soviético Joseph Stalin, nas quais foram adotadas medidas de efeito militar e acordou-se a rendição incondicional das potências do Eixo: a Conferência do Cairo e a Conferência de Teerã foram celebradas em 1943. Na Conferência de Ialta, celebrada em 1945, decidiu-se dividir a Alemanha em zonas de ocupação e criar a Organização das Nações Unidas (ONU) (ver Conferência de Bretton Woods). Em 1945, Roosevelt foi substituído por Harry S. Truman, cujos primeiros problemas a serem enfrentados foram a finalização da guerra e o estabelecimento da paz mundial. A Alemanha se rendeu formalmente ante os aliados em maio de 1945, embora a guerra continuasse no Pacífico. As tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética tornaram-se evidentes no Acordo de Potsdam, onde se celebrou um acordo relativo à divisão final da Alemanha. O espírito de cooperação vigente nos tempos de guerra havia dado lugar ao receio mútuo, origem da denominada Guerra Fria. Em agosto de 1945, Truman autorizou o lançamento de bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. O Japão se rendeu imediatamente. Apesar dos problemas internos, os Estados Unidos continuaram sua intervenção nos assuntos internacionais, realizando os julgamentos por crimes de guerra contra antigos dirigentes alemães e japoneses. Também estabeleceu o Conselho Nacional de Segurança e a CIA (Central Intelligence Agency), para reunir informação estratégica do estrangeiro.
Em 1947, num esforço para deter o avanço do comunismo na Europa, instituiu-se a chamada Doutrina Truman, mediante a qual os Estados Unidos estenderiam ajuda militar e econômica aos países ameaçados pela agressão comunista. Importante pilar desta política foi o Plano Marshall, que consistia em vasto programa de ajuda econômica para permitir a recuperação da Europa; foi rejeitada pelos países do Leste, subordinados à União Soviética. A União Soviética respondeu à Doutrina Truman e ao Plano Marshall com a criação da nova Internacional Comunista (Cominform). Em 1948, entrou em vigor um plano para a unificação das zonas de ocupação britânica e norte-americana. A União Soviética respondeu dando os primeiros passos para a criação de um Estado alemão em sua área de ocupação. Os Estados Unidos, o Canadá e outros dez países da Europa Ocidental firmaram um acordo de defesa e ajuda mútua: a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Em 1951, na China, o governo de Chiang Kai-shek, que havia recebido apoio norte-americano, não conseguiu deter o avanço das tropas comunistas de Mao Tsé-tung, que proclamou a República Popular da China. Em 1950, Truman anunciou que os Estados Unidos interviriam para ajudar a Coréia do Sul, invadida por tropas do regime comunista do Norte. A ONU, em gesto sem precedentes, patrocinou a ação militar dos Estados Unidos.
A Guerra da Coréia introduziu grandes modificações na sociedade americana, expressas em profunda psicose anticomunista. Em 1952, o Partido Republicano designou Dwight David Eisenhower e Richard Milhous Nixon como candidatos, respectivamente, à presidência e à vice-presidência. Eisenhower ganhou as eleições com facilidade. O assunto mais destacado da política nacional deste período foi a luta dos negros para pôr fim à segregação e para assegurar todos os seus direitos de cidadãos. Liderados pela Associação Nacional para o Desenvolvimento do Povo Negro, buscaram incessantemente o amparo dos tribunais; a integração racial foi lenta no Sul e muitos negros começaram a tomar parte ativa no movimento dos direitos civis. Em 1955, Martin Luther King liderou eficaz boicote que fez terminar a discriminação que a população negra sofria nos ônibus de Montgomery (Alabama). Este movimento contou com destacados dirigentes, como Ralph David Abernathy, organizados em grupos como o Congresso para a Igualdade Racial. Outros adotaram posturas mais radicais e violentas, como Malcom X. Em 1959, o Alasca se transformou no 49º Estado da União e o Havaí, no 50º. John Foster Dulles, Secretário de Estado (encarregado da política exterior), optou por uma política mais dinâmica, de "represália massiva", contra Moscou ou Pequim, no caso de nova agressão comunista em qualquer parte do mundo. Uma das conquistas da política exterior de Eisenhower foi o acordo de armistício na guerra da Coréia (1957). Por outro lado, os Estados Unidos incrementaram sua ajuda econômica e militar à França na Indochina. Em 1954, foi criada a Organização do Tratado da Ásia do Sudeste (OTASE) e reforçaram-se os laços norte-americanos com a China Nacionalista (Taiwan).
A colocação em órbita do primeiro satélite soviético, Sputnik 1, em 1957, provocou a imediata resposta norte-americana: em 1958, foi lançado ao espaço o satélite Explorer 1. Em 1º de maio de 1960, um avião de espionagem norte-americano foi derrubado no espaço aéreo soviético. Duas semanas mais tarde, em uma reunião celebrada em Paris, Nikita Sergheievitch Kruschev exigiu que Eisenhower pedisse perdão pela violação do espaço aéreo soviético; diante da negativa, encerrou-se a conferência. Na América do Sul, o crescente ressentimento contra a política norte-americana fez-se evidente em Cuba, onde a revolução liderada por Fidel Castro, que derrubou a ditadura de Fulgencio Batista, terminou com o estabelecimento de um regime marxista-leninista em 1961. Em julho de 1960, ganhou as eleições o democrata John Fitzgerald Kennedy.
Os direitos civis constituíram o principal problema interno durante seu mandato. O procurador geral do Estado, Robert Kennedy, pressionou energicamente para que se pusesse fim à segregação racial nas escolas e para que se defendesse o direito de voto das minorias. Os negros e seus partidários brancos continuaram suas manifestações contra a discriminação. Na esfera exterior, Kennedy tentou aproximar-se do bloco comunista. Com a ajuda de seu Secretário de Defesa, Robert Strange McNamara, substituiu a política de "represália massiva" por outra de "resposta flexível".
Em abril de 1961, Kennedy autorizou o desembarque na baía dos Porcos, realizada por exilados anticastristas e que resultou em fracasso. Enquanto as relações com a União Soviética melhoravam, a situação no Sudeste Asiático se deteriorava. A constante pressão do vietcongue, grupo nacionalista vietnamita dominado pelos comunistas, fez com que Kennedy aumentasse a ajuda militar ao governo de Ngo Dinh Diem. O presidente Kennedy foi assassinado em 1963, em Dallas (Texas), e foi sucedido pelo vice-presidente Lyndon Baines Johnson. Lee Harvey Oswald, suspeito do assassinato, foi detido quase imediatamente, mas houve numerosos rumores sobre uma possível conspiração (ver Comissão Warren). Em 1964, os democratas tiveram grande êxito eleitoral com Johnson, que conseguiu a presidência. Durante esses anos aconteceram sérios distúrbios raciais em diversas cidades, devido ao crescimento da polarização racial. No que diz respeito à política exterior, a crise no Oriente Médio, que culminou com a guerra entre Israel e vários países árabes, em junho de 1967, (ver Guerra dos Seis Dias), deu lugar a intensas manobras diplomáticas que tiveram seu ápice na reunião entre Johnson e o primeiro ministro soviético Aleksei Kosiguin. Em resposta à ajuda soviética aos países árabes e a sua crescente influência no Mediterrâneo, os Estados Unidos incrementaram a ajuda militar a Israel. O principal problema de Johnson em política externa foi a Guerra do Vietnã.
Durante o ano de 1964, o Congresso aprovou resolução que autorizava incrementar a participação militar no Sudeste Asiático. Em 1967, os Estados Unidos estavam bombardeando quase todo o Vietnã do Norte e havia enviado tropas ao Vietnã do Sul. Este aumento da intervenção norte-americana produziu grande debate nacional que se intensificou em 1968. Johnson anunciou a suspensão dos bombardeios sobre o Vietnã do Norte, a fim de iniciar conversações que pusessem fim à guerra. O assassinato de Martin Luther King, em Memphis (Tennessee), em 1968, originou nova onda de distúrbios em Washington e outras cidades. Richard Nixon, candidato republicano à presidência, obteve a vitória apelando para a restauração da ordem social. Seu novo programa pretendia limitar o poder do governo federal e ajudar as autoridades estatais e locais a cumprir com suas responsabilidades. Durante sua presidência, aconteceu a primeira alunissagem, realizada pela tripulação da Apolo 11, em 20 de julho de 1969.
A crescente rejeição à guerra do Vietnã por parte da população civil provocou numerosos protestos. Nixon declarou sua intenção de conter progressivamente a guerra mediante uma política de "vietnamização", que implicava a substituição de tropas norte-americanas por sul-vietnamitas, treinadas e equipadas pelos Estados Unidos. Em 1973, assinou-se em Paris um acordo de cessar fogo, que permitiu a retirada das tropas estadunidenses. As relações com a União Soviética melhoraram. As conversações sobre Limitação de Armas Estratégicas, iniciadas em 1969, continuaram em 1972, durante a visita de Nixon a Moscou; foram assinados dois acordos com a União Soviética: um limitava o número de mísseis balísticos e o outro restringia os sistemas de lançamento de mísseis.
O assessor de Nixon para segurança nacional, Henry A. Kissinger, viajou a Pequim para agendar um encontro entre Nixon e os dirigentes da República Popular da China, que aconteceu em 1972. Pouco depois de iniciar seu segundo mandato, em 1973, apareceram as revelações sobre o chamado caso Watergate. As investigações posteriores implicaram altos funcionários do governo de Nixon. Os Estados Unidos tiveram que enfrentar uma crise política e econômica nos anos seguintes. O vice-presidente Agnew demitiu-se após acusações de suborno e evasão de impostos, sendo sucedido por Gerald Ford. A política de distensão entre os Estados Unidos e a União Soviética continuou. Leonid Brejnev e Nixon trocaram visitas em 1973 e 1974.
A distensão passou por um retrocesso em 1973, quando explodiu novo conflito entre árabes e israelitas (ver Guerra do Yom Kippur). Não obstante, ambas as superpotências cooperaram para a consecução de um acordo de cessar fogo. Em 1974, diante das provas de sua participação no escândalo Watergate, Nixon renunciou. O vice-presidente Ford sucedeu-o. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) havia imposto, no inverno de 1973, um embargo de petróleo aos Estados Unidos e a outros países ocidentais, em resposta ao apoio que prestavam a Israel, o que provocou uma recessão da qual começou a recuperar-se em 1975. Em 1976, Jimmy Carter foi eleito presidente. No âmbito da política exterior, o governo tentou estabelecer a paz no Oriente Médio; em 1978, Carter presidiu uma reunião em Camp David entre os dirigentes máximos do Egito e de Israel, cujo resultado foi um tratado de paz entre esses dois países, em 1979.
Nesse ano, os Estados Unidos estabeleceram relações diplomáticas plenas com a República Popular da China e um grupo de revolucionários iranianos invadiu a embaixada dos Estados Unidos em Teerã; o Governo norte-americano negou-se a aceitar o pedido de extradição do xá Mohamed Pahlevi, feito pelos invasores, e ordenou o resgate dos reféns, que resultou em fracasso. No entanto, os Estados Unidos diminuíram suas relações comerciais com a União Soviética, em sinal de protesto pela invasão soviética ao Afganistão e se negou a ratificar o Tratado SALT II com a URSS. Nas eleições de 1980, o candidato republicano Ronald Reagan triunfou de forma arrasadora, aproveitando o desprestígio do presidente Carter, devido à crise dos reféns e à má situação econômica.
O programa de Reagan estabelecia a redução de impostos e dos gastos públicos e o fortalecimento da defesa nacional; no entanto, durante os anos de 1981 e 1982, aconteceu uma grave recessão econômica. Em política internacional, Reagan e seu secretário de Estado, Alexander Haig, abandonaram a política de distensão com a União Soviética e adotaram uma política de linha dura. Na América Central, Reagan apoiou as forças governamentais de El Salvador e apoiou a atividade guerrilheira contra o governo sandinista na Nicarágua. As relações com a União Soviética se deterioraram em 1983 e Reagan anunciou a Iniciativa de Defesa Estratégica, mais conhecida como "guerra nas estrelas". Em 1984, os soviéticos haviam manifestado seu desejo de abrir novas conversações sobre controle de armamento e dois encontros reuniram Reagan e o dirigente soviético Mikhail Gorbatchov.
Em abril, os Estados Unidos realizaram um bombardeio aéreo sobre a Líbia, em represália a ataques terroristas contra cidadãos americanos. George Bush, antigo vice-presidente com Reagan, foi o candidato republicano nas eleições presidenciais de 1988. Ao tomar posse do cargo, os principais desafios com que se deparou foram o déficit orçamentário e comercial e a ofensiva diplomática soviética na Europa. Em dezembro de 1989, os Estados Unidos invadiram o Panamá, para derrubar o regime do general Manuel Antonio Noriega.
Em 1991, soldados norte-americanos serviram com os aliados durante a Guerra do Golfo Pérsico e intervieram no norte do Iraque, para proteger os refugiados curdos das represálias do governo iraquiano.
A diplomacia norte-americana concentrou-se em empenhar-se junto à União Soviética para alcançar a paz no Oriente Médio. Bill Clinton foi o candidato democrata nas eleições de 1992 e transformou-se no primeiro presidente democrata desde 1976. Bush, presidente em exercício, enviou 20.000 soldados norte-americanos à Somália, sob os auspícios da ONU, para manter a paz e colaborar na distribuição da ajuda humanitária, e assinou o Tratado START II, sobre desarmamento nuclear, com o presidente russo Boris Yeltsin, com o apoio de Clinton. Clinton conseguiu que o Congresso ratificasse o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), que estabelecia um plano de redução de tarifas e eliminação de outras barreiras alfandegárias entre os Estados Unidos, o México e o Canadá durante quinze anos. Entrou em vigor em 1º de janeiro de 1994. Em política internacional, Clinton foi criticado por sua indecisão, especialmente no caso do governo militar haitiano e da guerra civil da Bósnia. No primeiro caso, no entanto, conseguiu que as tropas norte-americanos restaurassem o poder civil do deposto presidente Jean-Bertrand Aristide.
Na Bósnia, facilitou um acordo de paz entre as partes, assinado em novembro de 1995, em Dayton. Também presidiu a assinatura de um histórico acordo de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), representados pelo primeiro ministro israelense, Yitzhak Rabin, e o líder da OLP,
Nome oficial: Estados Unidos da América (United States of America)
Capital: Washington
Nacionalidade: americana, norte-americana ou estunidense
Datas nacionais: 04 de julho (Dia da Independência)
Idioma: inglês
Moeda: Dólar

BANDEIRA

A Bandeira dos Estados Unidos da América consiste em 13 faixas horizontais, cujas cores são vermelho (que cobrem o topo e a parte de baixo da bandeira) alternando com branco. Há um retângulo azul no canto superior esquerdo, com 50 pequenas estrelas brancas, organizadas em nove fileiras horizontais, (topo e baixo) possuíndo seis estrelas cada, alternando com fileiras de cinco estrelas cada. Cada uma destas estrelas simboliza um Estado americano e cada uma das faixas horizontais representa uma das antigas Treze Colônias.

Histórico

Os Estados Unidos da América (EUA) é o quarto país do mundo pela sua extensão e população e primeiro pela sua importância econômica. É constituído por 50 estados e um Território Federal. Cada Estado possui um alto nível de autonomia local, de acordo com o sistema de federalismo.
Os Estados Unidos celebram seu dia da independência em 4 de julho de 1776, quando as Treze Colônias britânicas na América do Norte adotaram a Declaração de Independência, rejeitando a autoridade britânica. Esta independência foi oficialmente reconhecida pelo Reino Unido no Tratado de Paris. Os Estados Unidos adotaram sua atual Constituição em 1789, que estabeceu a estrutura básica do governo americano.
Ao longo do século XIX, vários novos Estados foram adicionados aos 13 originais, à medida que a nação se expandiu na América do Norte. À medida que a população dos estados do Leste norte-americano crescia e um número cada vez maior de imigrantes entrava no país, cada vez mais assentadores passaram a habitar regiões cada vez mais ao Oeste do país. Ao contrário da maioria dos países europeus, os Estados Unidos nunca foram uma potência colonial, embora, através de várias vitórias militares, diplomacia e acordos externos, os Estados Unidos adquiriram um número de possessões, desde Cuba até as Filipinas. Embora os Estados Unidos tenham aberto mão destes territórios gradualmente, alguns continuam sob controle dos Estados Unidos, seja na forma de territórios (como Porto Rico) ou de estados (como o Havaí).
Também no século XIX, os Estados Unidos tornaram-se uma potência econômica e militar mundial, tornando-se o maior pólo de desenvolvimento tecnológico do planeta.
A influência norte-americana sobre o mundo pôde ser vista na Grande Depressão, um período de grande recessão econômica entre 1929 e 1939, que não somente abateu todo o país como o Canadá e os países europeus (especialmente Inglaterra e a Alemanha). Os Estados Unidos adotava até o começo do século XX uma política isolacionista, não procurando intrometer-se em conflitos internacionais. Porém, isto mudou com a entrada do país na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial. Após o fim desta, os Estados Unidos emergiram definitivamente como uma das superpotências mundiais, juntamente com a União Soviética - desencadeando a Guerra Fria. Entre 1945 e 1991, ano do fim da União Soviética e do fim da Guerra Fria, os Estados Unidos tornaram-se muito envolvidos em assuntos externos, participando ativamente na Guerra da Coréia e da Guerra do Vietnã. Com o colapso da União Soviética, os Estados Unidos emergiu como única superpotência mundial. Passou a envolver-se então em ações de paz, participando da Guerra do Golfo (1991), removendo tropas iraquianas que haviam invadido o Kuwait.
Em 2001, os Estados Unidos sofreram o pior ataque em terras soberanas da história do país. Os Ataques de 11 de setembro, onde quase 3 mil pessoas morreram desencadearam a Guerra contra o terrorismo.
Fonte: www.passeiweb.com
HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS
O Estados Unidos da América (Em inglês, United States of America, USA ou US; Abreviado freqüentemente em português como EUA) é o quarto maior país do mundo, e o terceiro mais populoso do mundo. É uma República Federal Democrática, formada por 50 estados diferentes.
A maior parte do Estados Unidos da América está localizado na América do Norte, compreendendo grosso modo a metade sul da América do Norte, bem como o estado de Alasca na ponta noroeste do continente, o estado do Havai no Oceano Pacífico e numerosos territórios dependentes situados nas Caraíbas e no Pacífico. A porção principal do país confina a norte com o Canadá, a leste com o Oceano Atlântico (e a Costa Leste dos EUA é o território mais próximo das Bermudas), fazendo fronteira marítima com as Bahamas, a sul com o Estreito da Flórida, que separa os EUA de Cuba, com o Golfo do México e com o México e a oeste com o Oceano Pacífico.

História

Os atuais Estados Unidos da América se originaram em 13 colônias britânicas estabelecidas na costa atlântica da América do Norte a partir do século XVII. Em 1776, uma revolta foi organizada pela classe dirigente dos colonos e seguiu-se uma Revolução Americana de 1776 guerra de independência contra os colonizadores. Em 1789, o país adotou uma constituição e assumiu a forma de uma República Federal, dando grande autonomia para os estados federados. Desde sua efetiva independência da Inglaterra, realizada em 1783, e até meados do século XX novos territórios e estados foram sendo incorporados, ampliando as fronteiras até o Oceano Pacífico.
A ocupação do território onde hoje estão os Estados Unidos começa com a migração de humanos da Ásia, através do Estreito de Bering, num período indeterminado (estimativas variam de 10 a 40 mil anos atrás).
Durante o século XVI e o século XVII, exploradores espanhóis exploraram e colonizaram esparsamente as regiões que constituem atualmente o sul da Flórida e da região sul dos Estados Unidos. O primeiro assentamento inglês bem-sucedido foi Jamestown, no atual estado de Virgínia, fundada em 1607. Durante as próximas duas décadas, vários assentamentos neerlandeses foram fundados no que atualmente constitui o Estado de Nova Iorque, incluindo a vila de Nova Amsterdão, que é atualmente a Cidade de Nova Iorque, bem como extensiva colonização inglesa da costa leste dos Estados Unidos, tendo removido os neerlandeses da região por volta da década de 1670.
Após a guerra franco-indígena, onde a França perdeu suas colônias que atualmente constituem o leste do Canadá para a Inglaterra, esta começou a impor impostos - sendo uma das principais razões os custos financeiros da guerra. Estes impostos tornaram-se extremamente impopulares entre os colonos norte-americanos, que além disso, não dispunham de representação no Parlamento do Reino Unido. As tensões entre as 13 colônias inglesas e entre o Reino Unido cresceram, e as 13 colônias eventualmente rebelariam-se contra os britânicos, na Revolução Americana de 1776, iniciada em 1775, e que perdurou até 1783. A estrutura política original das 13 colônias era uma confederação, ratificada em 1781. Em 1789, os Estados Unidos optaram por tornarem-se uma República Federal.

O primeiro presidente dos Estados Unidos da América:
George Washington.
Desde tempos coloniais, os Estados Unidos enfrentaram falta de mão de obra. À época, as diferenças socio-econômicas no país eram enormes, com um norte industrializado e um sul agrário. A falta de mão de obra incentivou a imigração européia no Norte e o uso do trabalho escravo no Sul - que fazia uso extensivo de escravos comprados no continente africano. Os estados industrializados do norte eram contra a escravidão, enquanto o sul achava que a escravidão era indispensável para o contínuo sucesso da agricultura sulista. Estas diferenças foram um dos muitos motivos de tensão política que gradualmente desencadearam a formação dos Estados Confederados da América, e irromperam na Guerra de Secessão, entre 1861 e 1865, uma guerra civil na qual tantos norte-americanos morreram quanto em todas as outras guerras em que os Estados Unidos envolveram-se, desde sua independência. A Confederação foi dissolvida após o fim da guerra, e o poder político dos sulistas no governo do país diminuiu drasticamente. A Guerra de Secessão acabou efetivamente com a questão dos direitos de um dado estado dos Estados Unidos em sair da União. Após a guerra, o governo federal norte-americano tornou-se efetivamente mais poderoso do que os governos estaduais.
Ao longo do século XIX, vários novos estados foram adicionados aos 13 originais, à medida que a nação se expandiu na América do Norte. O Destino Manifesto foi uma filosofia política dos Estados Unidos que encorajou a expansão rumo ao Oeste no país. À medida que a população dos estados do Leste norte-americano crescia e um número cada vez maior de imigrantes entrava no país, cada vez mais assentadores passaram a habitar regiões cada vez mais ao Oeste do país. Enquanto isto acontecia, os Estados Unidos acabaram efetivamente com todas as nações indígenas existentes em território norte-americano, e movendo forçadamente a população indígena de seus antigos territórios para reservas indígenas. Esta migração forçada é ainda um assunto muito discutido nos Estados Unidos, com várias tribos indígenas ainda reindivicando terras, e defendendo uma política separatista. Em algumas áreas, os indígenas norte-americanos foram exterminados com doenças infecciosas, desconhecidas pelos indígenas, que foram contaminados através do contato com pessoas de ascendência européia - com os assentadores norte-americanos adquirindo estas terras de ninguém. Ao contrário da maioria dos países europeus, os Estados Unidos nunca foram uma potência colonial, embora, através de várias vitórias militares, diplomacia e acordos externos, os Estados Unidos adquiriram um número de possessões ultra-marinas, desde Cuba até as Filipinas. Embora os Estados Unidos tenham aberto mão destes territórios gradualmente, algumas destas possessões continuam sob controle dos Estados Unidos, seja na forma de territórios (como Porto Rico) ou de estados (como o Havaí).
Também no século XIX, os Estados Unidos tornaram-se uma potência econômica e militar mundial. O crescimento da influência dos Estados Unidos sobre o mundo continuou no Século XX, um século que é por vezes chamado de "O século norte-americano", por causa da tremenda influência norte-americana sobre o resto do mundo. Os Estados Unidos tornaram-se o maior pólo de desenvolvimento tecnológico do planeta.
A influência norte-americana sobre o mundo pôde ser vista na Grande Depressão, um período de grande recessão econômica entre 1929 e 1939, que não somente abateu todo o país como o Canadá e os países europeus (especialmente Inglaterra e a Alemanha). Os Estados Unidos adotava até o começo do século XX uma política isolacionista, não procurando intrometer-se em conflitos internacionais. Porém, isto mudou com a entrada do país na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial. Após o fim desta, os Estados Unidos emergiram definitivamente como uma das superpotências mundiais, juntamente com a União Soviética - desencadeando a Guerra Fria. Entre 1945 e 1991, ano do fim da União Soviética e do fim da Guerra Fria, os Estados Unidos tornaram-se muito envolvidos em assuntos externos - especialmente guerra ideológica contra o comunismo - participando ativamente na Guerra da Coréia e da Guerra do Vietnã. Com o colapso da União Soviética, os Estados Unidos emergiu como única superpotência mundial. Passou a envolver-se então em acções de paz, participando da Guerra do Golfo (1991), removendo tropas iraquianas que haviam invadido o Kuwait.
Em 2001, os Estados Unidos sofreram o pior ataque em terras soberanas da história do país, nos Ataques de 11 de setembro, onde quase 3 mil pessoas morreram. Este ataque, um ataque terrorista, desencadeou a Guerra contra o terrorismo, e, posteriomente, a controversa Guerra contra o Iraque.

Política

Os Estados Unidos são uma República Federal. A nível federal, o poder executivo pertence a um presidente eleito por um colégio eleitoral, o poder legislativo pertence ao Congresso. O Congresso é constituído pela Câmara dos Representantes e pelo Senado. Cada estado tem direito a eleger 2 senadores e um número de congressistas proporcionais à sua população. O poder judiciário pertence aos tribunais. Cada estado elege os membros do colégio eleitoral que, por sua vez, elege o presidente.

Subdivisões


Mapa dos Estados Unidos da América mostrando
as fronteiras entre os 50 estados e os diferentes condados do país.
Os Estados Unidos estão divididos em 50 estados e 1 distrito federal, o Distrito de Columbia. Cada estado, por sua vez, está dividido em condados (com excepção da Luisiana, em que as subdivisões se chamam "paróquias", parishes, em inglês). O Estados Unidos da América é uma República Federal, que dão aos estados federados muitos poderes, que na maioria dos outros países do mundo são exclusivas do governo nacional.
São os governos estaduais que possuem a maior influência sobre o dia-a-dia da população norte-americana. Cada estado possui sua própria Constituição e possui o poder de aprovar suas próprias regras e leis, referentes a certos assuntos como propriedade, crime, saúde e educação. O principal oficial de um estado é o Governador. Cada estado também possui uma legislatura bicameral. Os membros desta legislatura são eleitos pela população do estado, exceto no estado de Nebraska, onde cada condado possui direito a um certo número de membros na leigislatura. Destaca-se a legislatura da Nova Hampshire, que é o terceiro maior Poder Legislativo no mundo anglófono, e possui um representante para cada 3 mil habitantes. Cada estado possui seu próprio Poder Judiciário.
A área, população e/ou produto interno bruto de vários dos estados dos Estados Unidos comparam-se à de vários países do mundo. A população da Califórnia, por exemplo, é maior do que o do Canadá, e seu produto interno bruto seria o oitavo maior do mundo, caso o estado fosse um país independente. Já a área do Alasca seria o décimo sétimo maior do mundo, caso fosse um país independente, com área comparável ao do Irã.
As instituições que são responsáveis pelo governo regional são tipicamente Conselhos Municipais - que tomam efeito em cidades (cities ou towns), vilas (village), municipalidades regionais (towns, regional municipality, municipality, hamlet) e condados (counties). Municipalidades regionais e condados são um agrupamento de cidades e vilas. Tais subdivisões regionais aprovam leis que têm efeito nestas subdivisões em particular, lidando com assuntos como trânsito e a venda de álcool. Nas cidades, o maior oficial eleito pela população é o prefeito. Cidades possuem o direito de criar impostos. Em alguns estados, os condados ou municipalidades regionais também possuem o direito de criar leis e impostos que valem para todas as cidades e vilas dentro dos limites do condado. Em outros estados, os condados ou municipalidades regionais possuem pouco ou nenhum poder, servindo apenas como distinções geográficas.
Os Estados Unidos possuem vários territórios e possessões insulares ultra-marítimas. A maior delas é a ilha de Porto Rico. Outras territórios ultra-marítimos de importância incluem a Samoa Americana, Guam, Ilhas Marianas do Norte e as Ilhas Virgens Americanas. A Marinha norte-americana têm ocupado uma base militar na Baía de Guantánamo, desde 1898.

Geografia


Mapa dos Estados Unidos da América
Sendo a quarta maior nação do mundo, a paisagem dos Estados Unidos varia grandemente: florestas temperadas na costa leste, mangais na Flórida, grandes planícies no centro do país, o sistema fluvial do Mississippi-Missouri, as Montanhas Rochosas a oeste das planícies, desertos e zonas costeiras a oeste das Montanhas Rochosas e florestas húmidas temperadas no noroeste da costa do Pacífico. As regiões árcticas do Alasca e as ilhas vulcânicas do Havaí aumentam ainda a diversidade geográfica e climática.
O mapa político dos Estados Unidos está dividido em três distintas secções: O Alasca, conectado em terra apenas com o Canadá, à leste; o Havaí, um arquipélago localizado no meio do Oceano Pacífico, e o Estados Unidos Continental, que compreende os 48 estados localizados na América do Norte. A fronteira dos Estados Unidos Continental com o Canadá é a mais longa fronteira não defendida do mundo.

Clima

Devido à grande extensão territorial dos Estados Unidos, o clima do país varia muito, de região à região. A Flórida possui um clima tropical, enquanto o Alasca possui um clima polar. Vastas porções do país têm um clima continental, com verões tépidos e invernos frios. Algumas partes dos Estados Unidos, em particular partes da Califórnia, têm um clima mediterrânico. No geral, porém, a maior parte dos Estados Unidos possui um clima temperado ou sub-tropical, marcado por 4 distinas estações, com mudanças regulares de temperatura e precipitação.
A temperatura média anual varia de -13 graus em Barrow, Alasca, a 25.7 graus, no Vale da Morte, Califórnia. A temperatura mais alta já registrada no país foi no Vale da Morte, Califórnia. A temperatura alcançada, à sombra, foi de 57 graus Celscius, em 10 de julho de 1913. A temperatura mais baixa já registrada foi em Barrow, Alasca. A temperatura alcançada foi de -62 graus, em 23 de janeiro de 1971. A precipitação média anual varia entre 5 centímetros no Vale da Morte até 1,170 centímetros no Havaí.

Economia

A economia dos Estados Unidos da América está organizada segundo o modelo capitalista e é marcada por um crescimento constante, baixas taxas de desemprego e de inflação, um grande défice comercial e rápidos avanços tecnológicos. A sua economia pode ser vista como a mais importante do mundo. Vários países indexaram as suas moedas ao dólar, ou chegam mesmo a usar a moeda americana, e os mercados de capitais americanos são em geral encarados como indicadortes da economia mundial.
O país tem enormes recursos minerais, com grandes depósitos de ouro, petróleo, carvão e urânio. Na agricultura, está entre os maiores produtores mundiais de milho, trigo, açúcar e tabaco, entre outras produções. A indústria americana produz automóveis, aviões e produtos electrónicos. O maior sector económico, no entanto, é o dos serviços: cerca de três quartos dos habitantes dos EUA trabalham nesse sector.
O maior parceiro comercial dos Estados Unidos é o seu vizinho do norte, o Canadá. Outros grandes parceiros são o México, a União Europeia e nações industrializadas na Ásia, como o Japão, a Índia e a Coreia do Sul. O comércio com a China também é significativo.

Etnia e Raça


As principais descendências étnicas dos Estados Unidos
Os Estados Unidos possuem uma das populações mais multiculturais do mundo, em termos de descendência étnica e racial. Os EUA eram inicialmente habitados por povos indígenas, como esquimós no Alasca e algonquinos, hurões e iroqueses no continente norte-americano.
No século XVII e XVIII, o território que altualmente constitui os Estados Unidos foi colonizada por europeus, inicialmente povoados a partir da costa leste. Os ingleses, que fugiam da perseguição religiosa na Europa, constituíam a maioria dos colonos a instalarem-se no Novo Mundo, mas colonos espanhóis, franceses e neerlandeses também instalaram-se nos Estados Unidos. Escravos foram trazidos do continente africano ao longo do século XVII, XVII e do início do XVIII para serem usados como mão-de-obra barata, e atualmente, seus descendentes, conhecidos como afro-americanos constituem uma considerável parcela da população norte-americana, formando 12.9% da população dos Estados Unidos.
A partir de 1850, pessoas de diversas partes do mundo passaram a imigrar para os Estados Unidos. Até o final do século XIX, a maioria dos imigrantes vinham dos países da Europa Ocidental e Setentrional (Alemanha, Irlanda e países escandinavos). italianos, poloneses, gregos, russos e húngaros imigraram em grande quantidade entre o final do século XIX e meados do século XX (até a década de 1970). Os maiores grupos étnicos europeus são alemães (15.2% da população norte-americana), irlandeses (10.8%), ingleses (8.7%), italianos (5.6%), escandinavos (3.4%), poloneses (3.2%) e franceses (3%). Brancos constituem no total 75% da população dos Estados Unidos.
Asiáticos são uma expressiva minoria nos Estados Unidos, constituindo 4.2% da população do país. Expressiva a partir da década de 1860, a imigração de asiáticos ainda é forte nos dias atuais.
Hispânicos constituem uma considerável parcela da população norte-americana, sendo atualmente a maior minoria étnica dentro dos Estados Unidos, compondo cerca de 13.4% da população norte-americana. Dado a alta imigração de hispânicos para os Estados Unidos, é esperado um crescimento desta percentagem. Boa parte desta imigração é ilegal, porém.

Idioma

Os Estados Unidos nunca tiveram um idioma oficial, embora o inglês tenha sido sempre o idioma predominante no país, e seja falado pela imensa maioria da população, sendo de facto o idioma dos Estados Unidos. Por isso, o inglês é o idioma usado em quaisquer pronunciamentos oficiais, que vão desde tratados até leis e sentenças. Vinte e sete estados norte-americanos adotaram o inglês como idioma oficial. Destes estados, três adotam um segundo idioma oficial: o Havaí, que adota a Língua havaiana como segundo idioma oficial; a Luisiana adota o francês e o Novo México, o espanhol. Nos estados norte-americanos sem idioma oficial, o inglês é adotado em todos serviços públicos, serviços em outros idiomas são fornecidos em áreas com grande população de imigrantes. Já estados onde o inglês (e um segundo idioma) é o idioma oficial não precisam necessariamente fornecer serviços públicos em outros idiomas.
Muitos dos imigrantes que vão aos Estados Unidos têm pouco ou nenhum conhecimento de inglês. A maioria deles aprende inglês o suficiente no país para comunicar-se com outros norte-americanos. Os filhos destes imigrantes, que estudam em escolas norte-americanas, aprendem primariamente inglês nas escolas. Assim, a cada geração, o idioma materno acaba cedendo, gradualmente, lugar ao inglês. Os descendentes diretos destes imigrantes geralmente falam tanto o idioma materno quanto inglês, enquanto muitas vezes os netos dos imigrantes falam apenas inglês.
Atualmente, o espanhol é o segundo idioma mais falado dos Estados Unidos. Cerca de 10.8% da população norte-americana possui o espanhol como idioma materno. A maioria dos falantes do espanhol mora nos estados do oeste e do sul norte-americano (especialmente nos estados da Califórnia, Novo México e Texas). Desde a década de 1950, muitos hispânicos imigraram para os Estados Unidos, vindos do México, Cuba e outros países hispânicos. Muitos desses novos imigrantes aprenderam ou aprendem o inglês, mas outros falam apenas espanhol. Por isso, em cidades ou bairros onde a concentração de hispânicos é alta, pronunciamentos oficiais são dados tanto em inglês quanto em espanhol.
Devido ao fato de que não existe um idioma oficial no país, o domínio do inglês não é de todo indispensável nos Estados Unidos, especialmente nos estados norte-americanos que possuem uma grande população de imigrantes recentes - especialmente hispânicos. Muitas pessoas, porém, acreditam que todo norte-americano deveria saber inglês. Estas pessoas acreditam que é quase impossível para as pessoas sem o domínio do inglês conseguirem emprego fora de bairros com grande presença de imigrantes recentes. Além disso, tais ativistas alegam que um único idioma falado por todos no país é um fator importante para a união como um todo dos Estados Unidos. Por isto, na década de 1980 e na década de 1990, vários estados criaram leis fazendo do inglês como único idioma legal dentro de tais estados.

Urbanismo


Nova Iorque
Os Estados Unidos são um país altamente urbanizado. Cerca de 91% da população norte-americana vivem em cidades. Estas cobrem apenas 2.75% da área total do país. Existem duas grandes megalópoles no país. Uma está localizada na região nordeste dos EUA, composta principalmente por Nova Jersey, Nova York, Buffalo, Philadelphia e Washington, na costa atlântica. A outra está localizado na região sudoeste do país, na costa pacífica, centralizadas nas cidades de Los Angeles, San Francisco e Sacramento.
Grandes subúrbios cercam muitas das cidades dos Estados Unidos. As cidades centrais e cidades vizinhas formam áreas metropolitanas. Existem cerca de 260 áreas metropolitanas no país, das quais as maiores são as regiões metropolitanas de Nova Iorque que possui 21 milhões de habitantes; Los Angeles, que possui 17 milhões de habitantes, e Chicago, que possui 9 milhões de habitantes. A população destes subúrbios é considerável, e muitas vezes superior à população da cidade central. Washington, DC, por exemplo, possui somente cerca de 535 mil habitantes, enquanto sua região metropolitana possui cerca de 4 milhões. Desde 1970, mais norte-americanos vivem nos subúrbios do que nas cidades centrais.